Jean Wyllys quando votava no primeiro turno (Foto: Arquivo pessoal/Carta Capital) |
Aécio representa uma coligação de partidos de ultradireita, com uma base
ainda mais conservadora que a do governo Dilma no Parlamento.
Por Jean Wyllys (deputado federal pelo PSOL-RJ) - reproduzido do sítio web da revista Carta Capital, de
08/10/2014
O muro não é meu lugar, definitivamente. Nunca gostei de muros,
nem dos reais nem dos imaginários ou metafóricos. Sempre preferi as
pontes ou as portas e janelas abertas, reais ou imaginárias. Estas
representam a comunicação e, logo, o entendimento. Mas quando,
infelizmente, no lugar delas se ergue um muro, não posso tentar me
equilibrar sobre ele. O certo é avaliar com discernimento e escolher o
lado do muro que está mais de acordo com o que se espera da vida. O
correto é tomar posição; posicionar-se mesmo que a posição tomada não
seja a ideal, mas a mais próxima disso. Jamais lavar as mãos como
Pilatos – o que custou a execução de Jesus – ou sugerir dividir o bebê
disputado por duas mães ao meio.
Sei que cada escolha é uma renúncia. E, por isso, estou preparado para os insultos e ataques dos que gostariam que eu fizesse escolha semelhante às suas.
Por respeito à democracia interna do meu partido, aguardei a deliberação da direção nacional para dividir, com vocês, minha posição sobre o segundo turno. E agora que o PSOL já se expressou, eu também o faço.
Antes de mais nada, quero dizer que estou muito feliz e orgulhoso pelo papel cumprido ao longo de toda a campanha por Luciana Genro. Jamais um(a) candidato(a) presidencial tinha assumido em todos os debates, entrevistas e discursos – e, sobretudo, no programa de governo apresentado – um compromisso tão claro com a defesa dos direitos humanos de todos e de todas. Luciana foi a primeira candidata a falar as palavras "transfobia" e "homofobia" num debate presidencial, além de defender abertamente ocasamento
civil igualitário, a lei de identidade de gênero e a criminalização da
homofobia nos termos em que eu mesmo a defendo; mas também foi a
primeira a defender, sem eufemismos, as legalizações do aborto e da
maconha como meios eficazes de reduzir a mortalidade da população pobre e
negra, a taxação das grandes fortunas, a desmilitarização da polícia e
outras pautas que considero fundamentais. O PSOL saiu da eleição
fortalecido.
Agora, no segundo turno, a eleição é entre os dois candidatos que a população escolheu: Dilma Rousseff e Aécio Neves. E eu não vou fugir dessa escolha porque, embora tenha fortes críticas a ambos, acredito que existam diferenças importantes entre eles.
Para continuar a leitura no sítio web da Carta Capital:
Sei que cada escolha é uma renúncia. E, por isso, estou preparado para os insultos e ataques dos que gostariam que eu fizesse escolha semelhante às suas.
Por respeito à democracia interna do meu partido, aguardei a deliberação da direção nacional para dividir, com vocês, minha posição sobre o segundo turno. E agora que o PSOL já se expressou, eu também o faço.
Antes de mais nada, quero dizer que estou muito feliz e orgulhoso pelo papel cumprido ao longo de toda a campanha por Luciana Genro. Jamais um(a) candidato(a) presidencial tinha assumido em todos os debates, entrevistas e discursos – e, sobretudo, no programa de governo apresentado – um compromisso tão claro com a defesa dos direitos humanos de todos e de todas. Luciana foi a primeira candidata a falar as palavras "transfobia" e "homofobia" num debate presidencial, além de defender abertamente o
Agora, no segundo turno, a eleição é entre os dois candidatos que a população escolheu: Dilma Rousseff e Aécio Neves. E eu não vou fugir dessa escolha porque, embora tenha fortes críticas a ambos, acredito que existam diferenças importantes entre eles.
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