(Foto: Carta Maior) |
Como poucas vezes na história recente do Brasil, vivemos um momento em que é preciso ter plena consciência do que está em jogo. It's now or never.
Por Eric Nepomuceno, no portal Carta Maior, de 07/10/2014Dilma Rousseff e eu temos mais ou menos a mesma idade. Portanto, me permito supor que, na primeira adolescência, ela, como eu, tenha ouvido a gravação de ‘It’s now or never’, a versão de Elvis Presley para a cançoneta italiana ‘O sole mio’. Isso foi lá por 1960, 61, num tempo em que a gente comprava pequenos discos de vinil, com uma faixa de cada lado, os ‘compactos’ que giravam nas vitrolas a 45 rotações por minuto.
E por que justo agora, com tanta coisa para pensar e me preocupar, fui lembrar de Elvis Presley?
Porque a situação que temos pela frente justifica o título daquela canção: como poucas vezes na história recente do Brasil, vivemos um momento em que é preciso ter plena consciência do que está em jogo. ‘It’s now or never’: é agora ou nunca. Precisamos decidir o que queremos para o futuro. Depois do domingo, 26 de outubro, saberemos se continuamos a ter futuro ou se fomos levados de volta ao passado. Hora de decisão.
Aliás, se Dilma se lembrar daquele disquinho gravado por Elvis Presley já lá se vai mais de meio século, saberá que também é hora de ela própria tomar uma série de decisões para um segundo mandato que continua perfeitamente ao alcance da mão.
É agora que ela deve anunciar ao país o que pretende fazer ou propor (convém recordar que nem sempre um presidente consegue efetivamente realizar o que se propôs ou propõe) com relação a uma série de temas que continuam pendentes, e que – pelo menos a julgar pelo que vi, li e ouvi – ficaram à margem nesse primeiro turno das eleições.
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