POLÊMICA SOBRE A PRESENÇA DE CUBA EM CÚPULA DAS AMÉRICAS




(Foto: Nodal)
Cuba foi suspensa da OEA em 1962 (depois do triunfo da Revolução Cubana) e, embora tal medida tenha sido revertida em 2009, a Ilha não pediu sua reincorporação ao organismo.

Do portal Nodal – Notícias da América Latina e Caribe, de 05/09/2014

O governo dos Estados Unidos declarou que é contrario à decisão do Panamá de convidar o governo de Cuba à Cúpula das Américas, em abril de 2015.

Em coletiva de imprensa, o porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki, se referiu ao assunto neste sentido.

Este mesmo tema, porém em sentido contrário, foi abordado durante a Assembleia Geral da OEA no Paraguai, em junho, quando os representantes da Argentina, Venezuela, Bolívia e Nicarágua advertiram que se Cuba não estiver presente na Cúpula que se celebrará em abril próximo no Panamá, seus países tampouco participariam.

Não obstante, os EUA sustentam que se trata de compromissos adotados em assembleias passadas e que não se devem violar.

O secretário geral da OEA, José Miguel Insulza, disse que “não há nenhum motivo legal” que impeça Cuba de participar do encontro, no caso de que Panamá, como anfitrião, decida convidá-la, afirmando que há que “experimentar outra coisa”, após 40 anos de isolamento do país caribenho.

“Se o Panamá decide convidar Cuba, não há nenhum motivo legal para que não possa ir”, indicou o secretário geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) ao sublinhar que a saída para as diferenças na região é o “diálogo”.

Continua em espanhol:

"Cuarenta años aislando (isolando) a Cuba no han dado resultado, es el momento de probar otra cosa”, afirmó Insulza, preguntado acerca de si Cuba debería acudir a la cumbre del próximo año en Panamá.

Cuba fue suspendida de la OEA en 1962 y, aunque en 2009 se levantó esa medida, la Isla no ha pedido su reincorporación al organismo.

Pese a que aún no se ha formalizado, la vicepresidenta y canciller panameña, Isabel Saint Malo de Alvarado, adelantó en agosto que Cuba será invitada a la Cumbre de las Américas prevista para mayo de 2015.

También presente en la conferencia, el expresidente panameño Martín Torrijos (2004-2009) respaldó la participación de Cuba en el encuentro hemisférico y dijo que esto sería un “triunfo colectivo” de la región.

“Ojalá la de Panamá de 2015 sea la cumbre que demuestre que puede haber unidad dentro de la diversidad, y que estén presentes tanto Cuba como EE.UU.”, aseguró el exmandatario.

La gran duda (dúvida) es si la invitación a Cuba podría provocar que EE.UU. se ausente del encuentro continental, dadas las tensiones aún existentes entre los dos países.

Tradução (parcial): Jadson Oliveira

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