(Foto: Revista Sindae) |
Paulo Souto, quando governador, tentou vender a Embasa a
qualquer custo para a iniciativa privada. Foi contido pela reação da sociedade,
mas a tentativa de venda da empresa foi dolorosa.
Por isso, o Sindae alerta para o
risco de retornar ao poder o candidato que fez de tudo para privatizar a água
na Bahia. Veja matéria:
Do boletim informativo do Sindicato
dos Trabalhadores em Água e Esgoto da Bahia (Sindae) – reproduzido do blog Pilha Pura, de 29/09/2014 (por sugestão
da companheira Joana D’Arck,
jornalista baiana)
A eleição para
o governo da Bahia, em 5 de outubro, merece uma reflexão bem especial da
categoria de água, esgoto e meio ambiente, isso porque, um dos candidatos,
Paulo Souto (DEM, ex-PFL), é nosso velho conhecido, foi governador por duas
vezes (primeiro entre 1995 a 1998 e depois entre 2003 a 2006) e não nos traz
boas recordações. Mas o presente e o futuro, a julgar pelas ações do partido
que representa, também é algo preocupante para nossa categoria.
É uma história
que merece ser recontada, tanto em memória de quem viveu – e sofreu – aquele
período, como também para mostrar aos (às) trabalhadores (as) que ingressaram
na Embasa e na Cerb nos últimos concursos públicos o que foi aquele período.
Quando
governador baiano, Paulo Souto quis acabar com a Cerb, funcionários ficaram
seis meses sem receber salários (alguns viraram “sacoleiros do Paraguai” pra
sobreviver) e a empresa foi sucateada. Lembre-se que seu grupo político vendeu
o Baneb, a Telebahia, Bahiafarma, o ferry...
Além disso,
tentou vender a Embasa a qualquer custo para a iniciativa privada. Foi contido
pela reação da sociedade, mas a tentativa de venda da empresa foi dolorosa:
para “enxugá-la” e atrair o interesse de empresários, milhares de trabalhadores
(as) foram demitidos (as), muitos (as) forçados (as) a entrar no Programa de
Demissão Voluntária (PDV) e houve repressão violenta à categoria. Nada menos do
que 17 dirigentes sindicais foram demitidos, assembleias eram filmadas e
gerentes ameaçados caso participassem de alguma atividade sindical.
Para fugir
dessa repressão, trabalhadores chegaram a usar capuzes no rosto, numa sessão na
Câmara de Vereadores de Salvador (foto acima), para impedir que fossem
identificados e demitidos. Numa audiência pública, também para a venda da
empresa, deputados e trabalhadores foram barbaramente agredidos na Fundação
Luiz Eduardo Magalhães.
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