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(Foto: Nodal) |
"Para uma nação tão
pequena, a quantidade de médicos e enfermeiras que estão enviando, bem como a
rapidez com que responderam, é realmente maravilhoso", afirmou Margaret Chan,
diretora geral da OMS.
Genebra, 13 setembro (Agência Prensa
Latina) - A
decisão anunciada nesta semana por Cuba de enviar uma brigada à África para o
combate ao ebola é a continuação da solidariedade oferecida a numerosos
países do mundo durante 55 anos de Revolução.
Assim
expressou à Prensa Latina o ministro cubano de Saúde Pública, Roberto
Morales, que realizou uma visita de trabalho a Genebra para dar resposta à
solicitação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do secretário geral da
ONU, Ban Ki-moon, de contribuir no enfrentamento à febre hemorrágica.
A nação caribenha enviará à África 165 colaboradores, dos quais 62 são
médicos e 103 enfermeiros, que possuem mais de 15 anos de experiência
profissional e têm trabalhado em países afetados por desastres naturais e
saúde.
Esta equipe está integrada por especialistas em epidemiologia, terapia
intensiva, infectologia e atenção primária, bem como licenciados em
enfermaria e em promoção da saúde.
A brigada trabalhará em Serra Leoa, um país onde já há um grupo de 23
colaboradores.
Sem lugar a dúvidas, a participação neste esforço de luta contra o ebola não
é um fato isolado, mas a continuidade do que temos feito desde o próprio
triunfo da Revolução, recordou o titular de Saúde.
Morales precisou que no caso concreto da África, neste momento há mais de
quatro mil cooperantes em 32 países, dos quais 2.200 mil são médicos.
Duas dessas nações estão afetadas pela epidemia, mas nos demais Cuba
continuará preparando os colaboradores para que, junto aos governos e
autoridades de Saúde, adotem medidas para evitar a expansão do ebola. Em suas
declarações a esta agência, o ministro destacou o reconhecimento da diretora
geral da OMS, Margaret Chan, a Cuba por ser o primeiro país a responder com
essa magnitude ao chamado para participar no esforço global contra o vírus do
Ebola.
Chan declarou que se trata da maior resposta de um Estado recebida ante esta
emergência.
"Para uma nação tão pequena, a quantidade de médicos e enfermeiras que
estão enviando, bem como a rapidez com que responderam, é realmente
maravilhoso", afirmou Chan.
A diretora da OMS agradeceu a generosidade do governo cubano e dos
profissionais que ajudarão a conter o pior surto de febre hemorrágica da
história.
Na ONU, seu secretário geral, Ban Ki-moon, também aplaudiu a decisão de Cuba
de enviar 165 profissionais à África e animou a outros governos a fazer o
mesmo.
Esta é a epidemia mais complexa de ebola que se conhece até hoje, com 4.784 casos
registrados e mais de 2.400 vítimas fatais, segundo dados atualizados pelo
organismo internacional.
Tanto Cuba, como a OMS, fizeram aqui nesta semana um chamado à comunidade
internacional a se somar no esforço global para evitar a expansão do vírus.
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