Mulheres nas ruas de La Paz em protesto contra a violência machista (Foto: Víctor Gutiérrez-arquivo/Nodal) |
Os casos do Movimento Ao
Socialismo (MAS - governista) e da gravação sobre a Unidade Democrática (UD -
oposicionista) ativaram os protestos
Por Dennis Luizaga, de La Paz, do jornal privado La Razón (edição impressa), de 01/09/2014 – reproduzido do portal Nodal – Notícias da América Latina e Caribe
Sob a
consigna de protestar contra o machismo e defender a retirada das listas de
candidatos de políticos com antecedentes de violência contra a mulher, ativistas
e grupos feministas foram convocados para participar neste dia primeiro da
“Marcha pelas centenas e milhares forçadas a calar”.
“Em razão
dos fatos apresentados pelo debate eleitoral, se está fazendo esta convocação, a
ideia é protestar contra as formas de violência, com a reivindicação de que os
(candidatos) machistas devem sair das listas (eleitorais)”, informou a
representante da Coordenação da Mulher, Mónica Novillo.
“Fora das
listas Zabala, Doria Medina e Navarro”, será a consigna que expressam os
manifestantes que se reunirão às 11 horas na Praça Maior, anunciou.
A
ativista assinalou que os protestos surgiram por causa das declarações
“machistas” do candidato a senador pelo Movimento Ao Socialismo (MAS – partido
de sustentação do governo de Evo Morales), Ciro Zabala, e a gravação que envolve
o postulante da Unidade Democrática (UD – de oposição ao governo boliviano),
Samuel Doria Medina, que ameaça a ex-esposa do candidato a deputado Jaime Navarro
para que deixe sem efeito a questão por violência dentro da família.
“As ameaças
mostradas na gravação sempre têm como consequência vitimizar de novo a mulher, pelos operadores
da Justiça, pelos advogados e outros”, opinou Mery Marca, representante do
Cidem, no programa ‘Esta casa não é hotel’, da rede ATB.
Rebeca
Delgado e Marcelo Revollo, do Movimento Sem Medo (MSM – partido também de
oposição), também exigem a retirada do candidato do MAS, Evo Morales, por acusá-lo
também de atitude machista.
Continua
em espanhol:
En el mismo programa, la comunicadora Verónica Rocha, que cuestionó a
Zabala, dijo que en el caso de Doria Medina y Navarro los delitos no son
privados. “Será una llamada de atención para que los partidos tomen atención de
quiénes se postulan y para escuchar las propuestas sobre esta temática”,
enfatizó Novillo.
“Esperemos que estas manifestaciones no se politicen”, dijo la candidata
a senadora por UD Soledad Chapetón.
“Este tema sí es político”, afirmó Adriana Gil, del MSM. Dijo que muchos
casos de violencia fueron encubiertos y que “hay que ‘limpiar’ a esos
candidatos”.
“Que tengan (los candidatos acusados) la dignidad y la ética de
renunciar, que no sean caradura”, desafió la postulante en respaldo a la
movilización de este lunes (desta segunda-feira).
La diputada del MAS Emiliana Aiza justificó una vez un caso de
violación, y su colega Nélida Sifuentes consideró que Percy Fernández “mete
mano” a las mujeres, pero hace obras (“mete a mão” nas mulheres, mas faz obras).
Por Twitter circula la etiqueta #MachistasFueraDelasListas.
Tradução
(parcial): Jadson Oliveira
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