SININHO: "A MÍDIA CORPORATIVA PERDEU TOTALMENTE A CREDIBILIDADE"


A cineasta Elisa Quadros, a Sininho, falou com exclusividade ao Correio do Brasil
A cineasta Elisa Quadros, a Sininho, falou com exclusividade ao Correio do Brasil (Foto: Correio do Brasil)
"A gente sabe que não é o profissional em si, mas a forma nojenta que tudo está sendo manipulado quando chega lá no editor-chefe e quando sai (é publicado) é a mesma coisa que a polícia em si, que sai batendo na gente".

Por Gilberto de Souza, do Rio de Janeiro - do jornal Correio do Brasil, de 01/08/2914

Impactada por uma série de reportagens nos veículos de comunicação controlados pelas Organizações Globo e demais segmentos da mídia conservadora, sem uma apuração mais efetiva do que realmente ocorreu durante uma entrevista coletiva no sindicato dos jornalistas do Rio de Janeiro, sexta-feira passada, uma parcela dos profissionais sindicalizados lançou um manifesto pela destituição da diretoria liderada pela presidente da instituição, a jornalista Paula Mairán. No centro das manifestações que inundam as redes sociais, ao longo dos últimos dias, a cineasta e ativista social Elisa Quadros, a Sininho, encarnou o repúdio de parcela do público que acompanha a saga dos manifestantes presos, após a perseguição policial com apoio do Judiciário, que se segue há mais de um mês.

Avessa a entrevistas, Elisa Quadros tem evitado o contato com a imprensa desde o últimos eventos, no auditório do sindicato dos jornalistas, no Centro do Rio, principalmente por criticar a forma tendenciosa como os veículos da mídia corporativa tratam o assunto, em uma tentativa de criminalizar os movimentos sociais e de transformá-la em uma espécie de ‘terrorista’, em pleno estado democrático, por parte das forças da direita; ou como uma ‘selfie ativista’, como a definem setores da esquerda organizada, por integrar grupos que abrigam os black blocs, entre outros manifestantes mais radicais.

Ao Correio do Brasil, no entanto, por sua reconhecida independência e equidistância jornalística diante dos temas mais polêmicos, Elisa Quadros concedeu uma longa entrevista, na qual pontua os fatos que levaram os setores mais conservadores dos jornalistas sindicalizados a promover o levante contra Mairán. Na conversa com a reportagem do CdB, Sininho lembrou que a edição dos fatos gravados no auditório do sindicato teve o claro objetivo, mais uma vez, de atirar os manifestantes contra os jornalistas. Ela lembrou o que disse, na ocasião:

– A gente sabe que não é o profissional em si, mas a forma nojenta que tudo está sendo manipulado quando chega lá no editor-chefe e quando sai (é publicado) é a mesma coisa que a polícia em si, que sai batendo na gente.

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