O objetivo do plano secreto era desestabilizar o governo de Raúl Castro, informou a agência de notícias AP (Foto: Página/12) |
A agência AP revelou que o
governo mandou em segredo latino-americanos para tentar provocar mudanças
políticas: pelo menos uma dúzia de jovens participaram do plano clandestino
através de seminários para prevenção da Aids, e haviam estado em perigo, segundo
a investigação. A Casa Branca se negou a esclarecer o assunto.
Do jornal argentino Página/12, edição de ontem, dia 5
A Casa Branca se negou na segunda-feira a comentar o
plano da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID,
na sigla em inglês), para enviar jovens latino-americanos a Cuba com a ideia de
promover a queda do governo de Raúl Castro, junto ao “Twitter cubano”, conhecido
como Zunzuneo, para influir nos jovens. “Não posso comentar o informe
(publicado na imprensa estadunidense) porque há vários pontos não corretos. Os convido
a se dirigir diretamente à USAID”, disse o porta-voz da Casa Branca, Josh
Earnest. A informação do envio de latino-americanos foi revelada pela agência
de notícias estadunidense Associated Press (AP), a mesma que descobriu os planos
sobre o projeto de Zunzuneo. Segundo a AP, a USAID e sua contratista, Creative
Associates International, enviaram jovens latino-americanos clandestinamente,
utilizando a cobertura de programas de saúde e cívicos para provocar mudanças
políticas.
Essa
operação clandestina pôs em perigo estas pessoas, agregou o informe, inclusive
depois que em Havana foi condenado o contratista estadunidense Alan Gross,
detido enquanto tentava desenvolver atividades contra a segurança da ilha
caribenha. A agência estadunidense AP indicou que a USAID e sua entidade “pantalla”
(que serve de fachada), Creative Associates International, continuaram o
programa inclusive quando seus empregados disseram privadamente a funcionários
do governo que consideraram suspender a viagem a Cuba, após a prisão de Gross,
publicou na segunda-feira o jornal oficial cubano Granma.
O cidadão
estadunidense estava contratado precisamente pela USAID e viajou a Cuba com o
propósito de montar uma rede de Internet que escapasse do controle do governo
cubano, mas foi detido pelas autoridades de Havana e condenado a 15 anos de
prisão acusado de espionagem. O informe precisa ademais que a agência
estadunidense enviou jovens venezuelanos, costarriquenhos e peruanos a Cuba
desde 2009 com a finalidade de por em marcha uma rebelião. Segundo a investigação,
o programa estava infestado de incompetências e riscos. Os jovens quase arruínam
sua missão de “identificar atores de uma potencial mudança social”, assinalou o
documento.
Um desses
jovens disse que teve uma irrisória instrução de 30 minutos para aprender como se
livrar da inteligência cubana. Aparentemente não havia uma rede de segurança
para os inexperientes trabalhadores se eram capturados, assinala a AP em seu
informe. Os novos vazamentos sublinham que tanto Zunzuneo como os programas de
jovens viajantes latino-americanos são parte de um esforço multimilionário das
autoridades estadunidenses para fomentar a instabilidade em outros países. Os documentos
mostram que Creative Associates aprovou o uso de parentes de seus empregados
para levar dinheiro em espécie aos contatos cubanos. Porém os familiares nunca
foram informados de que os fundos eram da parte do governo dos Estados Unidos,
indicou o informe.
Continua
em espanhol:
Por otra parte, la vocera del Departamento de Estado norteamericano, Jen
Psaki, reconoció que los programas de supuesta ayuda sanitaria y desarrollo (desenvolvimento)
para Cuba, en concreto uno referido a concientizar y prevenir sobre el virus
del VIH (HIV), no estaban vinculados del todo con la promoción de la
democracia, aunque negó que se trataran de programas secretos. “El Congreso
conoce nuestros esfuerzos por promover cualquier tipo de compromiso en la
sociedad civil en países que no tienen los beneficios de las sociedades
abiertas, como Cuba. Había un beneficio secundario aquí y era proveer
información sobre estos programas”, aseguró la portavoz al ser interrogada ayer
en la rueda de prensa diaria que ofrece (na segunda-feira em entrevista
coletiva que concede diariamente).
Aunque se desconocen las fechas (as datas) exactas en las que se
ejecutaron dichos programas de la Usaid, al menos una docena de jóvenes
latinoamericanos participaron en el proyecto a través de los seminarios para
prevenir el VIH (o vírus HIV), y continuaron haciéndolo a pesar de la detención
de Gross. Los jóvenes llegaron a Cuba haciéndose pasar por turistas y viajaban
por la isla contactando a jóvenes cubanos a través de la organización de talleres
(oficinas, seminários) dedicados a asuntos de salud pública.
Sin embargo (No entanto), según revelaron los mismos medios (meios de
comunicação), contaban con documentación clave (chave) para comunicarse con
Estados Unidos en caso de que estuvieran en peligro. “Que Usaid esté usando
medidas para promover la democracia en Cuba no es ningún secreto (não é nenhum
segredo). Nosotros tenemos que mantener la presión al régimen castrista y
seguir apoyando al pueblo cubano, que vive bajo (sob) la opresión cada día”,
aseguró ayer (ontem, segunda-feira) la congresista republicana de origen cubano
Ileana Ros-Lehtinen. En esa línea, el portavoz de Usaid, Matt Herrick, negó que
haya “secretismo” (negou que haja segredos) en los programas que realiza el
gobierno norteamericano “para tratar de promover la democracia en Cuba”.
Tradução
(parcial): Jadson Oliveira
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