O grupo de dança Cristais da Chapada animou a Cesta Cultural no recomeço do movimento (Foto: Smitson Oliveira) |
Por Goiano (José Donizette), da coordenação da Associação Cultural
Velame Vivo (ex-Projeto Velame Vivo)
O companheiro Jadson, deste blog Evidentemente,
me perguntou: “Por que o Velame Vivo voltou?” Respondo que por alguns motivos
que exponho aqui:
a) Estou convencido de que Seabra necessita de alguma coisa mais
interessante em relação à cultura. O que nos é apresentado pelo poder público,
sinceramente, deixa a desejar, pois só mostra preocupação com os dividendos
eleitorais que os eventos possam proporcionar. Me pergunto e me preocupo: como
fica o poder de alienação?
b) De quando em quando as pessoas vinham e perguntavam: “Quando teremos
novos festivais, outros eventos culturais?” E então lembrávamos o ponto de
cultura coordenado pela competentíssima Lidjone Ribeiro, e que ainda não
concluiu o seu ciclo. A volta das Cestas Culturais, que sempre reuniram muita
coisa boa, tais como: os artesãos (nossos parceiros), a capoeira, o cordel, a cultura
circense, a poesia, o teatro (tiro o chapéu para os meninos do grupo Lamparinas
do Sertão), a música (que para minha alegria é muito forte em Seabra, todo dia
você vê surgindo novas promessas de jovens artistas), as artes plásticas (não
apenas o Pedro Lima, que é o nosso grande artista), a dança, o reisado, os
jovens do Cine Clube, a fotografia (com destaque para o Smitson Oliveira, nosso
velho companheiro de lutas políticas, juntamente com o Edelson Ferreira) e os
movimentos sociais, que crescem no dia a dia da cidade.
c) Outra fonte de inspiração para a volta do Velame Vivo é a boa
participação que tivemos na vinda do IFBA, hoje estamos na luta para a vinda de
pelo menos um curso superior. No caso da UNEB, temos lutado junto com a direção
e os estudantes, tanto para a instituição continuar em Seabra, como para a
instalação de outros cursos, agora por exemplo veio o curso de Comunicação. A
luta incessante pela Universidade Federal da Chapada Diamantina. A luta pelo
Hospital Regional, UPA, Hemoba, etc... As bibliotecas que ajudamos a instalar
no Velame, em Seabra e na região. Então, nós achamos que temos um papel
interessante sim.
d) Lembro ainda dos nossos amigos seabrenses e de outros lugares, que
moram em Salvador, exigindo a volta do Encontro dos Filhos e Amigos de Seabra.
Pois bem, o encontro, que acontece na capital, também está de volta e já com
data marcada: será no próximo mês de novembro, dia 29.
Fazer o quê? Tínhamos que voltar e tentar atender a grande demanda
cultural existente numa cidade do porte de Seabra. O novo, a coisa boa, o que
os jovens querem e merecem, passa por isso, não adianta a crítica, então vamos
ajudá-los.
E para fechar, agradecemos muito ao Frei Sebastião, que nos cedeu carinhosamente
a sede onde funciona a Associação Cultural Velame Vivo, retomando uma parceria
que tínhamos com a administração anterior da paróquia, demonstrando com isso
que compartilha da mesma preocupação nossa, em relação à juventude. Pelo que
parece, a Associação Cultural poderá ser uma espécie de Federação Cultural dos
movimentos seabrenses.
Agradecemos também as associações de moradores, comunitárias,
estudantis, empresariais e beneficentes, ONGs, o IFBA, a UNEB, rádios, escolas,
comerciantes, hotéis e médicos, que têm sido nossos parceiros nesta caminhada.
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