Álvaro García Linera no ato de inauguração do Foro (Foto: EFE/Página/12) |
O encontro, que começou na
segunda-feira, foi inaugurado ontem, dia 28, pelo vice-presidente García
Linera. Hoje, o presidente Evo Morales falará aos participantes, em sua maioria
jovens de todo o mundo, para encerrar oficialmente o Foro de São Paulo. A
próxima edição desta assembleia internacional será realizada no Equador.
Matéria do jornal argentino Página/12, edição de hoje, dia 29
O Foro de
São Paulo, que se reúne na Bolívia desde segunda-feira, foi inaugurado
oficialmente ontem, dia 28, pelo vice-presidente Álvaro García Linera, com
elogios ao surgimento duma esquerda revolucionária que “afiançou a democracia” na
América Latina e condenou o neoliberalismo.
Há 24 anos
da fundação no Brasil do Foro de São Paulo, que congrega partidos de esquerda e
movimentos sociais, o vice-presidente boliviano Álvaro García destacou “o estabelecimento
(na região) da democracia como método revolucionário”.
“Para trás
deixamos as democracias fósseis (...) e em nossos países, onde têm triunfado os
governos revolucionários, houve uma transformação e um enriquecimento da
democracia, entendida como participação, como radicalização, como comunidade”,
sustentou o mandatário.
Destacou
ao mesmo tempo que “estamos assistindo – 24 anos depois do nascimento do Foro –
uma lenta porém irreversível decadência do Hegemon norte-americano (em alusão
ao romance de Orson Scott). Os Estados Unidos não é mais a potência imperial,
dirigente do mundo”.
Acrescentou
neste sentido que “a China e a Europa estão tirando sua liderança econômica
(...), ainda que continue sendo dominante, na base da força, mas já não na base
da liderança, da mobilização e de seu poderio imbatível a nível econômico”. Também
manifestou que falar do neoliberalismo na América Latina cada vez mais se assemelha
a falar dum arcaísmo, que “é quase como falar do Parque Jurássico. Hoje o
neoliberalismo é um arcaísmo que estamos botando na lixeira da história”, destacou.
Continua
em espanhol:
García, que junto con el presidente Evo Morales nacionalizó los recursos
naturales en su país, entre ellos los hidrocarburos (gás natural e petróleo),
llamó “a defender y ampliar los logros obtenidos hasta hoy” por la izquierda en
la región. En un mensaje grabado, el ex presidente de Brasil Luiz Inácio Lula
da Silva dijo que “estoy convencido de que un camino importante para nuestra
economía y un progreso de nuestras cosas pasa fundamentalmente por la
integración de América latina. Ojalá que desde Bolivia en este Foro de San
Pablo sea el debate de integración y de conclusiones, porque en los años ’90
fue decisivo para derrotar a los gobiernos neoliberales”, agregó.
El Foro, nacido en 1990 bajo el influjo (sob a influencia) del Partido
de los Trabajadores (PT) de Lula, ha tenido como uno de sus principales
objetivos la búsqueda de modelos de desarrollo (desenvolvimento) con justicia
social para oponerlos a las recetas del neoliberalismo que fueron hegemónicas
en los años ’90 en la región. Su realización en San Pablo apareció en oposición
a la realización del Foro de Davos, adonde concurren representantes de los
gobiernos de las economías centrales así como grandes empresarios y
financistas. El Foro cerrará hoy con un documento final de conclusiones y un
discurso del presidente Evo Morales. La próxima edición del Foro la organizará
Ecuador.
Tradução
(parcial): Jadson Oliveira
Comentários