Julian Assange e Ricardo Patiño (Foto: Prensa Latina) |
Durante a coletiva de imprensa,
Assange afirmou que em breve abandonará a sede diplomática, ainda que não deu
detalhes sobre as condições em que o fará nem que fatores facilitarão sua
saída.
Quito, 19 agosto (Prensa Latina) - Além de garantir a segurança
do especialista em informática e jornalista Julian Assange, em qualidade de
asilado, o governo do Equador procura que seu caso tenha uma solução legal
apropriada, segundo as declarações do chanceler Ricardo Patiño.
Em sua conta na rede social Twitter, o ministro
destacou ontem diversos matizes do estado legal do australiano ao afirmar:
"O princípio de tutela judicial efetiva diz que temos direito a
julgamentos sem atrasos indevidos, o que não foi cumprido com Julian
Assange".Depois de oferecer uma coletiva de imprensa desde Londres, junto com o fundador da organização Wikileaks, Patiño apontou que o Parlamento britânico aprovou uma lei para impedir extraditar pessoas que não tenham sido acusadas por um juiz, como é o caso de Assange.
"Julian Assange não foi acusado de nenhum cargo pela Promotoria da Suécia, o que o mantém em um limbo jurídico. Com que objetivo?", afirmou.
De acordo com os pronunciamentos do chanceler na conversa com os meios de comunicação, esta mudança formal abre novas possibilidades de entendimento sobre o assunto com o governo do Reino Unido, que até o momento negou um salvo-conduto para levar o asilado ao Equador.
Em 16 de agosto de 2012, Quito outorgou proteção a Assange, que por falta de salvo-conduto deve permanecer na embaixada equatoriana em Londres durante mais de dois anos, pois desta forma tenta evitar a deportação à Suécia.
Em Estocolmo, o jornalista está acusado de supostos delitos sexuais que ele nega, afirmando que são uma armadilha para que depois ele seja entregue às autoridades estadunidenses.
Estados Unidos persegue o informático pois em 2010, a Wikileaks divulgou ao público milhares de informações confidenciais e documentos sobre as irregularidades e violações cometidas por Washington nas guerras do Iraque e Afeganistão, entre outros temas.
Durante a coletiva de imprensa, Assange afirmou que em breve abandonará a sede diplomática, ainda que não deu detalhes sobre as condições em que o fará nem que fatores facilitarão sua saída.
Já o Equador ratifica sua decisão de continuar a proteção, pois depois de uma investigação levada a cabo em 2012, o Estado "avaliou os elementos que supunham que Julian Assange sofria uma perseguição de natureza política", indicou Patiño.
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