AMÉRICA LATINA E CARIBE: SEMINÁRIO EM QUITO ANALISA A REALIDADE DA COMUNICAÇÃO




(Foto: Nodal)
Os caminhos da integração a nível regional são múltiplos para os leitores ou telespectadores, mas estes não são mostrados ou não existe cobertura das agências de notícias especialmente de países do norte ou europeus.

Do portal Nodal – Notícias da América Latina e Caribe, de 22/08/2014

A realidade da comunicação nos países da região foi analisada do ponto de vista geopolítico, acadêmico e midiático. O Centro Internacional de Estudos Superiores de Comunicação da América Latina (Ciespal) organizou, na tarde da quarta-feira, em Quito (Equador), um seminário sobre o tema com quatro especialistas e acadêmicos estrangeiros das áreas de comunicação e informação.

O impulso da integração regional sob novos parâmetros apresenta respostas ao atual cenário internacional. Este está marcado por diversas crises e pelo reordenamento geopolítico expresso no surgimento dos BRICS (que se refere conjuntamente aos países Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o G77+China e a consolidação de blocos regionais.

O expert espanhol em economia e política e diretor do Centro Estratégico Latino-americano Geopolítico (Celag), Alfredo Serrano Mancilla, falou da atual disputa que acontece na América Latina.

Lembrou a crise financeira mundial que na sua opinião é estrutural do sistema capitalista e que acelerou a movimentação política entre países. No entanto, analisou que na última década na região latino-americana se deu uma mudança e um deslocamento deste eixo político pós-neoliberal para uma certa centralidade econômica, como o fez o Equador em 2006.

Serrano questionou como se tem discutido a região como agrupamento próprio e como se deu um processo de emancipação de um bloco do sul que não tem que passar pelo norte.

O espanhol comparou que o Mercosul já não é o mesmo que se pactou como acordo comercial nos anos 80 e 90. Agora apresenta um novo paradigma de integração regional. “Na América Latina começa a se dar uma aliança supranacional dos Estados que tem capacidade de resistir ao capital transnacional”, argumentou.

Já o diretor geral do Ciespal, Francisco Sierra Caballero, refletiu sobre o papel dos estudos da comunicação nos processos da integração latino-americana. No capitalismo cognitivo e neoliberalismo se aprendeu a desconexão, o isolamento, a separação, quer dizer, tudo o contrário da construção de uma pátria e de um projeto político comum.

Continua em espanhol:

Sierra criticó que en las universidades hay una falta de criticismo, no se discuten los procesos de integración y no se realizan, incluso, procesos de cooperación e investigación, como parte de los procesos de emancipación en la región.

Dijo que desde la academia existe el reto (o desafio) de fortalecer el enfoque crítico, recuperar el pensamiento emancipador y articular proyectos de gobernanza. Contó que en Ciespal se han incorporado colectivos para lograr una agenda común y articulada como las agencias de noticias Nodal (Notícias da América Latina e Caribe), el Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales (Clacso), que defiende la libertad de expresión; la Federación Latinoamericana de Periodistas (Jornalistas), entre otras iniciativas.

A pesar de contar con nuevas tecnologías de la información, no se cuenta con flujos de comunicación que alimenten la cooperación entre pueblos a nivel regional.

O papel do portal Nodal

En ese sentido, el director del portal de Noticias de América Latina y el Caribe (Nodal), Pedro Brieger, analizó que cada medio de comunicación y las agencias internacionales consideran qué noticia priorizar y eso influye en la circulación de la información, la cual se vuelve ajena (a qual se torna alheia) a la realidad regional. Puso como ejemplo que la información de que se estaba por elegir a Ernesto Samper como secretario general de la Unión de Naciones del Sur (Unasur) fue ignorada por el resto de portales por ser ‘irrelevante’ para ellos.

Por eso nació este portal, que maneja información tomada de las fuentes originales o medios (ou meios de comunicação) de sus países. Antes de su nacimiento, hace un año, dijo que no existía una fuente de información que permitiera enterarse de la actualidad de América Latina y el Caribe.

Los caminos de la integración a nivel regional son múltiples para los lectores o televidentes (ou telespectadores), pero estos no son mostrados o (ou) no existe cobertura de las agencias de noticias especialmente de países del norte o (ou) europeos. “Si supiéramos (Se soubéssemos) que hay tantos caminos de integración regional le daríamos un lugar más importante”, aclaró.

Finalmente, la periodista (a jornalista) británica Sally Burch destacó que los medios de comunicación se están reorganizando en torno a la comunicación y tecnologías digitales y a la par, de forma acelerada, se están reconfigurando las relaciones de poder mundial en torno a ellas.

Tradução (parcial): Jadson Oliveira

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