Xi Jinping e Nicolás Maduro selaram sua aliança (Foto: AFP/Página/12) |
Créditos bilionários em troca de petróleo entre a
China e a Venezuela: a partir destes acordos entre os mandatários dos dois
países, a Venezuela estará em condições de dispor de créditos no valor de 5,7 bilhões
de dólares e também poderá fabricar seu terceiro satélite.
Matéria do jornal argentino Página/12, edição de 22/07/2014
Os
presidentes da Venezuela e China, Nicolás Maduro e Xi Jinping, assinaram ontem
(dia 21) em Caracas 38 acordos de cooperação que permitirão ao país sul-americano
dispor de créditos no valor de 5,7 bilhões de dólares e fabricar seu terceiro
satélite. De acordo com um dos convênios, a China aportará 4 bilhões – e a Venezuela
outros 2 bilhões – ao Fundo Conjunto Chinês-Venezuelano, usualmente chamado Fundo
Chinês, com o qual se financiam projetos venezuelanos de desenvolvimento. Outro
dos entendimentos compromete o Eximbank (banco de comércio exterior) da China a
entregar à petroleira estatal venezuelana Pdvsa um bilhão para “a compra de bens
e serviços para a indústria” e “novos projetos”. Também a China aportará outros
691 milhões para a certificação e a exploração de reservas minerais, assim como
para “o desenvolvimento de uma mina de ouro e cobre” na Venezuela.
Desde
2007 e até princípios deste ano, Beijing (ou Pequim) aportou mais de 40 bilhões
ao Fundo Chinês e Caracas paga com a exportação de 524 mil barris diários de
petróleo cru e derivados, volume que se estima será elevado a um milhão de
barris em 2016. Por outro lado, Maduro e Xi acordaram o intercâmbio de conhecimentos
para a fabricação de um novo satélite “de percepção remota, que servirá para o
fortalecimento das capacidades cartográficas” da Venezuela, segundo a AVN
(Agência Venezuelana de Notícias). A Venezuela já tem em órbita dois satélites,
também construídos no contexto da cooperação com a China: desde 2008 o Simón
Bolívar, destinado a suporte de telecomunicações, e desde 2012 o Francisco de
Miranda, para observação remota e cartografia.
Continua
em espanhol:
Asimismo, los mandatarios firmaron un acuerdo de “cooperación
financiera” por un monto no precisado (num montante não definido), con el
objeto de “agilizar los procesos de emisión de pólizas de seguros” para
“créditos de exportación suscriptos por Pdvsa” con “empresas de China”. Además
se acordó la compra por parte de Venezuela de 10 mil vehículos para uso
particular y transporte escolar y 1.500 ómnibus, operación que incluye
capacitación para la “instalación de sistemas automatizados de cobro de
pasajes”.
Igualmente se acordó crear empresas binacionales para la producción de
fertilizantes, agroquímicos y materiales para la construcción, entre ellas una
planta de cemento en el estado de Lara, que permitirá incrementar en alrededor
de 10 por ciento la producción venezolana, actualmente de unos 10 millones de
toneladas anuales. Maduro afirmó que la de Xi “es una visita histórica, que inicia
una nueva era en las relaciones entre China y Venezuela”, y sostuvo (sustentou,
afirmou) que los pueblos de ambos países son “verdaderos hermanos para las
grandes tareas del siglo XXI (para as grandes tarefas do século 21)”.
“Hoy, ese camino de quince años labrado (percorrido) por el (fallecido
ex) presidente Hugo Chávez, labrado (percorrido) por las dos (duas) patrias,
hemos decidido elevarlo a un nivel superior y declarar una asociación
estratégica de carácter integral entre China y Venezuela”, agregó Maduro. El
mandatario venezolano resaltó que el aporte financiero al que se comprometió
China “no le pone” a Venezuela “una deuda (dívida) pesada”, pues “es un
financiamiento que es respaldado por una fórmula de producción y suministro
(fornecimento) de barriles de petróleo”. “Quiere decir que es una fórmula
virtuosa que permite financiamiento y desarrollo (desenvolvimento), y no crea
deudas (e não cria dívidas) pesadas como los viejos sistemas”, insistió Maduro
al clausurar (ao encerrar) junto a Xi la XIII Comisión Mixta de Alto Nivel
bilateral, en la sede del Círculo Militar.
“Constatamos con satisfacción que el
presidente Maduro heredó (herdou) la voluntad de Chávez de promover con firmeza
esta gran causa del socialismo del siglo XXI con importantes éxitos”, respondió
Xi y explicó que su país apoya a Venezuela “por adoptar un camino de desarrollo
(desenvolvimento) acorde con sus realidades”.
Tradução
(parcial): Jadson Oliveira
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