Homens da PM ocupam a favela Nova Holanda, na Zona Norte do Rio (Foto: Correio do Brasil) |
“A festa nos estádios não vale as
lágrimas nas favelas” é o
slogan do protesto marcado para este domingo, no entorno do estádio do Maracanã,
simultaneamente à partida final da Copa do Mundo.
Por Correio do Brasil, com BBC
- do Rio de Janeiro, de 12/07/2014
O mantra #cadeoamarildo resiste nos morros cariocas. Moradores de favelas como Rocinha, Manguinhos, complexo do Alemão, Santa Marta, Cantagalo e Babilônia (no Rio de Janeiro) se reunirão num ato, marcado para este domingo, em homenagem ao pedreiro Amarildo de Souza, cujo desaparecimento completa um ano nesta segunda-feira. Batizado como “A festa nos estádios não vale as lágrimas nas favelas”, o protesto unificado deve ocorrer no entorno do Maracanã, simultaneamente à partida final da Copa do Mundo.
O mantra #cadeoamarildo resiste nos morros cariocas. Moradores de favelas como Rocinha, Manguinhos, complexo do Alemão, Santa Marta, Cantagalo e Babilônia (no Rio de Janeiro) se reunirão num ato, marcado para este domingo, em homenagem ao pedreiro Amarildo de Souza, cujo desaparecimento completa um ano nesta segunda-feira. Batizado como “A festa nos estádios não vale as lágrimas nas favelas”, o protesto unificado deve ocorrer no entorno do Maracanã, simultaneamente à partida final da Copa do Mundo.
– Este é
um ato diferente dos que aconteceram no Rio desde o ano passado. Dessa vez ele
é marcado pelos moradores de favelas. A pauta da favela está colocada em
primeiro lugar. A favela enfim é protagonista – explica Gizele Martins, 28,
comunicadora comunitária da Maré.
Amarildo,
segundo Gizele, tornou-se símbolo para uma série de “abusos com os quais os
moradores de comunidades convivem todos os dias”.
– Ninguém
gosta de passar por tanque de guerra e armas no quintal de casa. Ninguém quer
ser revistado e abusado gratuitamente. Ninguém quer ser confundido com bandido,
nem ver parentes e amigos desaparecendo. É contra isso que lutamos. E com a
Copa isso se intensificou de um jeito que nunca tinha acontecido – afirmou.
Os
principais pontos discutidos pelos moradores das comunidades são o que os
organizadores chamam de “militarização das favelas”, por meio das Unidades de
Polícia Pacificadora (UPPs) e presença das Forças Armadas, e as remoções
forçadas para obras como teleféricos, que nem sempre refletem as demandas
locais.
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