É a primeira vez que partidários dos governistas são atacados massivamente desde que Ortega regressou ao poder (Foto: AFP/Página/12) |
Pelo menos cinco simpatizantes
sandinistas morreram em dois ataques: a comemoração do 35º. aniversário da
Revolução Sandinista terminou de modo trágico. Dois microônibus com
simpatizantes do governo foram emboscados por homens armados, com um saldo de cinco
mortos e 24 feridos.
Matéria do jornal argentino Página/12, edição de 21/07/2014
Pelo menos cinco mortos e 24 feridos foi o saldo
que deixaram dois ataques armados a microônibus que levavam simpatizantes de
regresso ao norte de Nicarágua, após haver celebrado em Manágua o 35º. aniversário
da Revolução Sandinista. É a primeira vez que partidários dos governistas são
atacados massivamente desde que o presidente Daniel Ortega regressou ao governo
em janeiro de 2007. Os principais partidos de oposição na Nicarágua condenaram
a violência.
Uma das
emboscadas teve lugar na comunidade Las Calabazas, localizada a 60 quilômetros
de Manágua, onde desconhecidos dispararam contra um microônibus que transportava
militantes sandinistas para a província de Estelí, no norte do país. Neste
ataque, que ocorreu na estrada Panamericana – a principal via que liga a Nicarágua
com o resto da Centro-américa –, foi onde se registraram a maioria das vítimas,
segundo informaram fontes da polícia. O segundo ataque foi perpetrado em San
Ramón, na província de Matagalpa, a uns 130 quilômetros da capital, e deixou um
morto e uma quantidade não definida de feridos, segundo o prefeito dessa região,
Zadrach Zeledón. “A indignação que temos é profunda e nos enche até duma grande
impotência ver como se deu uma situação tão covarde, criminosa”, afirmou
Zeledón, que também é secretário político da Frente Sandinista de Libertação
Nacional (FSLN) na província de Matagalpa.
Continua em espanhol:
“Fueron masacres a mansalva (contra pessoas indefesas), se ensañaron (investiram)
contra gente humilde, gente sencilla (simples), gente que venía de celebrar
cívicamente, con tanta alegría, con tanta esperanza, un aniversario de nuestra
revolución”, agregó el dirigente. Mientras (Enquanto) se aguardaba que las
autoridades dieran más detalles, la prensa recordó ayer (ontem, dia 20) que el
viernes pasado (que na última sexta-feira) medios (meios de comunicação) locales
publicaron que desconocidos armados con fusiles de asalto AK-47 y vestidos con
uniformes de combate bloquearon la ruta Panamericana en Totogalpa, al norte del
país, y dispararon a un vehículo cuyo conductor no acató la orden de detenerse.
De acuerdo con esa versión, los hombres armados se identificaron como miembros
del grupo FDN-380, el mismo nombre de la Fuerza Democrática Nicaragüense que en
la década del ’80 usaban los “contras” antisandinistas y su jefe, Enrique
Bermúdez, alias (codinome) Comandante 380. Tras (Após) las denuncias – previas
a los hechos (aos fatos) que se produjeron anteanoche (na noite do dia 19, dia
do aniversário da Revolução Sandinista) – de productores agrícolas y obispos
(bispos) católicos sobre la supuesta presencia de grupos armados
antigubernamentales en el interior del país, las autoridades negaron que
existan fuerzas irregulares con motivación política y dijeron que se trata de
bandas de delincuentes comunes.
Los atentados ocurrieron pocas horas después de la multitudinaria (com
muita gente) celebración en la Plaza de la Fe, en Managua, a la que asistieron
(da qual participaram), además de Ortega, los presidentes de El Salvador,
Honduras y Venezuela, Salvador Sánchez Cerén, Juan Orlando Hernández y Nicolás
Maduro, respectivamente. “Hazme un instrumento de paz, Señor; donde haya odio,
que siembre amor; donde haya injuria, perdón; que yo no sólo pueda amar sino
ser amado, que yo no sólo pueda perdonar sino ser perdonado”, dijo en su
discurso Ortega, parafraseando a San Francisco de Asís.
El 19 de julio de 1979, las guerrillas del Frente Sandinista derrocaron
al dictador Anastasio Somoza, cuya familia había retenido el poder durante
medio siglo, e iniciaron una revolución a la que se opusieron casi 40 mil
rebeldes “contras” apoyados por Estados Unidos. Aunque los sandinistas no
fueron doblegados militarmente, se vieron obligados a firmar acuerdos de paz
con otros países de Centroamérica y a celebrar elecciones en 1990, en las que
el comandante Ortega perdió el poder frente a Violeta Chamorro, candidata de
una coalición opositora.
Tradução (parcial): Jadson
Oliveira
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