NICARÁGUA: AS CONQUISTAS DO GOVERNO SANDINISTA



(Foto: Adital)
Segundo o Comitê de Solidariedade Sandinista da Catalunha, o governo de reconciliação e unidade nacional sandinista é o instrumento fundamental do processo de transformação socioeconômica pelo qual vem passando o país centro-americano, embora não seja o único.

Por Adital – Notícias da América Latina e Caribe, de 10/07/2014

Antecipando-se a 2017, quando serão comemorados 10 anos do retorno ao poder da Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN), o Comitê de Solidariedade Sandinista da Catalunha promove um balanço crítico desse processo político para que se entenda a importância das conquistas sociais e econômicas alcançadas e em via de desenvolvimento. O objetivo é, inclusive, entender as dificuldades para se implantar a "revolução ideal” sonhada pelos sandinistas nicaraguenses do século passado.

A FSLN

A Nicarágua fora alvo de disputas imperialistas no decorrer dos séculos XIX e XX, principalmente entre os Estados Unidos e Inglaterra. Foi a partir da revolução vitoriosa comandada pelo camponês Augusto Cesar Sandino, entre as décadas de 1920 e 1930, que o povo nicaraguense começou a dar um basta à situação de opressão estrangeira.
O tratado de paz assinado por Sandino junto aos seus opressores acabou revelando-se em um plano para a tomada do poder. Militares aliados dos EUA, liderados por Anastácio Somoza Garcia, assassinaram o líder popular e instalaram um regime ditatorial que durou até o final da década de 1970.

Nesse contexto, surgiu a Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN), então um movimento revolucionário liderado por Daniel Ortega, que conseguiu tomar o poder de Somoza utilizando armas.

Apesar da chegada ao poder, a revolução não conseguiu vencer todos os inimigos. Uma "contrarrevolução”, financiada e apoiada por diferentes atores, como os EUA e a cúpula da Igreja Católica, acabou por colocar fim ao governo sandinista, com a vitória eleitoral de Violeta Barrios de Chamorro, em 1990.

Alçada ao poder através de uma revolução popular, a FSLN entregou democraticamente o poder à oposição, ao qual só retornaria com a eleição de Daniel Ortega para Presidente da República em 2006, reeleito em 2011.

Conquistas sociais na Nicarágua

Apesar das críticas ao seu governo, acusado de unir-se a antigos inimigos, Daniel Ortega vem empreendendo em seu país avanços socioeconômicos consideráveis para a maioria da população, na avaliação do Comitê de Solidariedade Sandinista da Catalunha.

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