CÚPULA DOS BRICS NO BRASIL: A HEGEMONIA DO BANCO MUNDIAL EM DISPUTA



(Foto: Nodal - Notícias da América Latina e Caribe)
Os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul/South Africa) lançam hoje, dia 15, um banco próprio para financiar o desenvolvimento: o instrumento servirá para financiar projetos de infraestrutura e desenvolvimento e é a primeira demonstração de força do bloco de cinco países emergentes para competir pela hegemonia em setores chaves da economia mundial.

Contraste, em termos de celeridade, com o Banco do Sul, projeto dos governos progressistas da América do Sul.

Matéria do jornal argentino Página/12, edição de hoje, dia 15

A primeira jornada da Sexta Cúpula Anual dos BRICS em Fortaleza, Brasil, serviu para que os ministros da Economia e Finanças do bloco terminassem de definir os detalhes do seu Novo Banco de Desenvolvimento. Os mandatários do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul firmarão hoje a ata constitutiva dessa nova entidade financeira. O banco, que poderá estar funcionando em 2016, pretende disputar a hegemonia de organizações como o Banco Mundial (BM) ou o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A entidade dará financiamento para projetos de “infraestrutura e desenvolvimento sustentável” no território dos BRICS, mas também em outros países. A apresentação oficial do Novo Banco de Desenvolvimento estará acompanhada pela criação dum fundo contingente de reservas internacionais. O objetivo é fazer frente a movimentos especulativos de capitais e problemas de balança de pagamentos dos países do bloco.

“As reformas do FMI que nos prometeram não foram implementadas e isso torna necessário o desenvolvimento de instrumentos alternativos”, expressou ontem o ministro da Economia do Brasil, Guido Mantega, ao finalizar a primeira jornada da cúpula dos BRICS. “Temos um banco de desenvolvimento dirigido pelos BRICS que também vai ajudar a desenvolver países da África, Ásia e América Latina. O Novo Banco de Desenvolvimento vai financiar não só os BRICS, mas também outros emergentes”, indicou o ministro brasileiro. Para Mantega, “uma das saídas para a crise é aumentar o investimento em infraestrutura”, mas advertiu que “falta financiamento”, enquanto que “o Banco Interamericano de Desenvolvimento e a Corporação Andina de Fomento não têm recursos suficientes”.

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La sede del banco estará en Shanghai y la presidencia quedará en manos de Brasil durante los primeros cinco años, para luego rotar (fazer rodízio) cada lustro entre el resto de los socios. El acuerdo deberá ser ratificado por cada uno de los Parlamentos de los países miembros. Después de ratificado el acuerdo, los países tendrán todavía (ainda) seis meses para hacer los procedimientos reglamentarios y transferir un aporte inicial de capitales para el banco, que será de 10 mil millones (10 bilhões) de dólares para cada miembro, 8 mil millones (8 bilhões) en garantías y 2 mil millones en efectivo (2 bilhões em espécie).

Según anunciaron los ministros de Brasil, Rusia, India, China y Sudáfrica, el banco podrá ofrecer préstamos (empréstimos), garantías y hasta participación de capital en emprendimientos no sólo de los países miembros, sino también de otras naciones emergentes, pero siempre enfocados en infraestructura y desarrollo sustentable (desenvolvimento sustentável).

A su vez, acordaron que el fondo de reservas internacionales del bloque cuente con 100 mil millones (100 bilhões) de dólares, más de tres veces el stock de reservas del Banco Central argentino. China aportará 41 mil millones (bilhões), India, Rusia y Brasil destinarán 18 mil millones (bilhões) cada uno, y Sudáfrica los 5 mil millones (bilhões) restantes.

Contraste com o Banco do Sul

La celeridad de los Brics para avanzar en la creación de instituciones financieras que le permitan disputar poder fuera de los organismos dominantes como el FMI o (ou) el Banco Mundial contrasta con el estancamiento de la nueva arquitectura financiera proyectada en América del Sur a lo largo de la última década. En diciembre de 2007, un día antes de que Cristina Fernández asumiera su primer mandato, los presidentes de Brasil, Argentina, Venezuela, Bolivia, Uruguay, Ecuador y Paraguay firmaron en Buenos Aires el acta constitutiva del Banco del Sur. La iniciativa está prácticamente paralizada ya que nunca se logró avanzar en la definición y realización de los aportes de capital que permitieran materializar el banco. En 2011, dos (dois) días antes del contundente segundo triunfo electoral de CFK, los países de la Unasur anunciaron la creación de un fondo común de reservas internacionales. Hasta ahora, el bloque regional, que encabeza Brasil, tampoco pudo concretar ese proyecto.

Tradução (parcial): Jadson Oliveira

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