(Foto: Nodal) |
Do portal Nodal – Notícias da América Latina e Caribe, de 30/05/2014
A Caminhada Nacional 33 em 33 por Oscar culminou na quinta-feira (dia 29), em frente do Tribunal dos Estados Unidos em San Juan, com a reivindicação de indulto para o preso político porto-riquenho Oscar López Rivera e sua libertação imediata.
Ele tem 71 anos e completou naquela data (29 de maio) 33 anos de prisão em cárceres estadunidenses sob a acusação de conspiração sediciosa. É o preso político que passou mais tempo na prisão e atualmente está no cárcere de Terre Haute, em Indiana (EUA).
A caminhada começou em 27 de abril, em Gurabo, e percorreu 33 povoados visando conscientizar a população sobre o caso de López Rivera e atrair apoio para a campanha por sua libertação.
Antes da chegada do grupo participante da jornada de 33 dias, se apresentaram ao tribunal localizado na rua Chardón de Hato Rey as mulheres que a cada último domingo do mês se reúnem na Puente Dos Hermanos (Ponte Dois Irmãos) a favor desta causa. Encabeçadas pela filha de Oscar, Clarisa López Ramos, caminharam a partir da referida ponte com camisas rosas, bandeirolas e cartazes com mensagens de apoio a López Rivera. A presidente do Colégio de Advogados, Ana Irma Rivera Lassén, participou da manifestação.
Culmina a caminhada
Uma hora depois de culminada a manifestação das mulheres, às 5 horas da tarde, chegou o grosso das pessoas, precedidas por um grupo que portava uma chave gigante. Havia delegações de cada um dos povoados da trajetória, artistas, esportistas e integrantes de diferentes partidos políticos. A prefeita de San Juan, Carmen Yulín Cruz Soto, e o ex-preso político Rafael Cancel Miranda estiveram presentes.
A advogada de López Rivera, Jan Susler, agradeceu o apoio dos manifestantes e destacou que a campanha rendeu frutos nos Estados Unidos. Anunciou que durante a Parada Porto-riquenha em Nova Iorque será prestada homenagem ao lutador pela independência do país.
“Lhes peço que continuem com esta consistência, com esta emoção que nos inspira para seguirmos trabalhando pela libertação de Oscar”, disse Susler.
Clarisa López Ramos informou que seu pai telefonou naquela tarde e falou com os organizadores da atividade, Carlos López e Félix Adorno.
“Ele estava feliz pelo apoio. Hoje (dia 29) ele jejuou como parte de seu processo de introspecção e também caminhou enquanto nós caminhamos aqui”, assinalou López Ramos em declarações a El Nuevo Día.
Do palanque, vários participantes garantiram que os esforços para conseguir que o presidente estadunidense Barack Obama comute a sentença de López Rivera não cessarão e serão promovidos outros eventos.
Tradução: Jadson Oliveira
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