Além de estádios, aeroportos e alguns novos serviços de transporte, a Copa deixa outro legado: a certeza de que precisamos ampliar a liberdade de expressão.Por Laurindo Lalo Leal Filho, no portal Carta Maior, de 25/06/2014
Além de estádios, aeroportos e alguns novos serviços de transporte, a
Copa do Mundo no Brasil deixa um outro grande legado: a certeza de que
precisamos ampliar a liberdade de expressão no país.
Restrita a alguns jornalões
diários, a revistas semanais monocórdicas (com exceção da Carta Capital)
e a um conjunto oligopolizado de emissoras de rádio e TV, a informação
homogênea, já denunciada há muito tempo pela mídia alternativa,
tornou-se cristalina nesta Copa.
A
revista semanal de maior tiragem chegou a anunciar que devido ao ritmo
das obras dos estádios o Brasil só teria condições de realizar a Copa em
2038. Mas não foi só ela que vendeu essa mentira ao brasileiros. Foi a
mais descarada, sem dúvida, não contando no entanto com o privilégio da
exclusividade.
Basta consultar os jornais ou conseguir acesso aos telejornais dos últimos anos para constatar que todos rezaram pela mesma cartilha. O objetivo era desacreditar da capacidade do governo brasileiro em oferecer as condições necessárias para a realização de um evento desse porte. A expressão “imagina na Copa” foi uma das mais ouvidas em aeroportos, rodoviárias, avenidas e estradas congestionadas e até em filas de bares e restaurantes, nos últimos tempos. Refletia a expectativa negativa criada pela mídia em torno do evento. (Para ler mais na Carta Maior) |
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