Ignacio Ramonet (Foto: Carta Maior) |
Informar-se não pode ser uma atitude passiva. Os meios de comunicação não são confiáveis: o cidadão tem que aprender a verificar, ele mesmo, que fonte usar .
As
redes sociais não são confiáveis. Mas assim como podemos afirmar tranquilamente
que os grandes meios como El País, o New York Times, El Universal tampouco o
são. Hoje em dia, a questão da confiabilidade dos meios é muito importante
porque efetivamente não está garantida em nenhum lugar. E o cidadão tem de
aprender a verificar ele mesmo que fonte vai usar.
Do
blog L'Ombelico del Mondo – reproduzido do portal Carta Maior, de 07/06/2014
No
blog L’Ombelico del Mondo, o fundador do Le Monde Diplomatique, Ignacio
Ramonet, analisou o papel da mídia no panorama internacional e as novas formas
de informação da era digital.
Em uma sociedade “hipermidiatizada”, o papel ativo de quem consome a informação é preponderante. Esta é a conclusão que o escritor e jornalista Ignacio Ramonet traz sobre as práticas dos grandes meios de informação aos quais estamos diariamente expostos.
“Informar-se não pode ser uma atitude passiva”, explicou Ramonet, em uma nova entrevista da série que o L’Ombelico del Mondo leva adiante com os principais protagonistas do jornalismo internacional em espanhol.
- Como o senhor analisa o panorama midiático latino-americano diante da aparição desta grande quantidade de meios alternativos, populares e comunitários?
- Por um lado, é normal que os governos democráticos e progressistas que estão dirigindo a maioria dos países do continente abram espaço para este tipo de mídia. Estamos vendo muitos países latino-americanos indo em busca de uma configuração desejada por muitos teóricos, onde o espectro midiático se divide em três partes de igual importância: meios privados, financiados pela publicidade; meios públicos, financiados pelo Estado (não pelos governos); e em meios comunitários, cujo objetivo é colocar em cena os movimentos sociais de uma maneira muito mais precisa e mostrar as questões locais, para que a cidadania possa se expressar.
O novo momento tecnológico que estamos vivendo, onde se desenvolveram tecnologias de comunicação muito rápidas e muito baratas e de alcance planetário, está permitindo que, ao lado do setor privado quase hegemônico faz alguns anos e o setor público em desenvolvimento atualmente, haja uma infinidade de meios que estejam se desenvolvendo. Porque hoje, para se ter um meio planetário, basta abrir um blog: qualquer um pode lê-lo, tanto na Argentina, quanto no México ou na Ásia, em qualquer lugar onde haja alguém que fale espanhol. E há gente assim por toda parte do mundo. Isto deu a possibilidade, junto com as redes sociais, que cada pessoa tenha a capacidade de se expressar. Estas duas razões, a política democrática e a tecnologia de rede, permitiram que haja uma emergência da expressão da cidadania no sentido mais amplo da palavra.
Em uma sociedade “hipermidiatizada”, o papel ativo de quem consome a informação é preponderante. Esta é a conclusão que o escritor e jornalista Ignacio Ramonet traz sobre as práticas dos grandes meios de informação aos quais estamos diariamente expostos.
“Informar-se não pode ser uma atitude passiva”, explicou Ramonet, em uma nova entrevista da série que o L’Ombelico del Mondo leva adiante com os principais protagonistas do jornalismo internacional em espanhol.
- Como o senhor analisa o panorama midiático latino-americano diante da aparição desta grande quantidade de meios alternativos, populares e comunitários?
- Por um lado, é normal que os governos democráticos e progressistas que estão dirigindo a maioria dos países do continente abram espaço para este tipo de mídia. Estamos vendo muitos países latino-americanos indo em busca de uma configuração desejada por muitos teóricos, onde o espectro midiático se divide em três partes de igual importância: meios privados, financiados pela publicidade; meios públicos, financiados pelo Estado (não pelos governos); e em meios comunitários, cujo objetivo é colocar em cena os movimentos sociais de uma maneira muito mais precisa e mostrar as questões locais, para que a cidadania possa se expressar.
O novo momento tecnológico que estamos vivendo, onde se desenvolveram tecnologias de comunicação muito rápidas e muito baratas e de alcance planetário, está permitindo que, ao lado do setor privado quase hegemônico faz alguns anos e o setor público em desenvolvimento atualmente, haja uma infinidade de meios que estejam se desenvolvendo. Porque hoje, para se ter um meio planetário, basta abrir um blog: qualquer um pode lê-lo, tanto na Argentina, quanto no México ou na Ásia, em qualquer lugar onde haja alguém que fale espanhol. E há gente assim por toda parte do mundo. Isto deu a possibilidade, junto com as redes sociais, que cada pessoa tenha a capacidade de se expressar. Estas duas razões, a política democrática e a tecnologia de rede, permitiram que haja uma emergência da expressão da cidadania no sentido mais amplo da palavra.
Comentários