COLÔMBIA: UM PROCESSO DE PAZ FERIDO DE MORTE



(Foto: Carta Maior)

Tudo o que se conquistou será nada se os que estão sentados à mesa de conversações não se unirem para defender os avanços e enfrentar as ameaças.

Por Carlos Medina Gallego (professor da Universidade Nacional da Colômbia), no portal Carta Maior, de 31/05/2014

Foi no campo de batalha da luta eleitoral que o processo de paz de Havana ficou ferido de morte. Isso aconteceu por conta dos resultados eleitorais de 25 de maio, que deram como ganhador do primeiro turno para a presidência o candidato do Centro Democrático, Oscar Ivan Zuluaga.

Ninguém deve ter qualquer dúvida de que, se os resultados se repetirem no segundo turno, em 7 de agosto, e tivermos como presidente Oscar Iván, o processo de paz com as Farc que teve maior avanço na história do país será descontinuado sem que se houvesse assinado nada. Qualquer sinalização de posicionamento frente ao processo de paz do candidato do Centro Democrático funciona mais como estratégia eleitoral do que como um compromisso real com a paz no país.

Foram levantadas diferentes explicações para os resultados e já se abrem análises e especulações sobre os possíveis cenários do segundo turno em termos de alianças, desenvolvimentos programáticos, novas estratégias publicitárias e focalização de trabalho político-eleitoral. A campanha parece ser um confronto entre paz e segurança, e não é a mesma coisa falar de paz com segurança e de segurança para a paz.


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