Segundo turno amanhã, domingo: a
última pesquisa publicada deu a Santos uma intenção de voto de 41% frente a 49%
de Zuluaga. Ontem o presidente somou mais um apoio: da ex-sequestrada e
ex-candidata à presidência Ingrid Betancourt.
Matéria
do jornal argentino Página/12,
edição de hoje, dia 14
O
presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, assegurou que será reeleito no
segundo turno deste domingo “com 8 a 10 pontos” de vantagem sobre seu adversário,
o uribista Oscar Iván Zuluaga. A apenas um dia da votação, o candidato da coalizão
governista da Unidade Nacional afirmou, numa entrevista à RCN La Radio, que em
todo o país dá para sentir o “entusiasmo” da cidadania com sua proposta
centrada na paz. “Estamos entusiasmados e otimistas por todas estas adesões que
recebemos nestes 15 dias, são sintomáticas, mas o verdadeiro resultado se verá amanhã”,
analisou o mandatário. No entanto, a última pesquisa publicada pela revista
Semana deu a Santos uma intenção de voto de 41% frente a 49% de Zuluaga. O
presidente recebeu mais apoios ontem, entre eles o da ex-sequestrada pelas FARC
Ingrid Betancourt.
Santos
revelou que não se delineou ainda o cenário no qual pudesse perder para
Zuluaga, do Centro Democrático. “Não creio que possamos perder (…)”, indicou, e
reconheceu que só fez planos a partir de 2018, quando terminaria seu mandato se
é eleito e aspira a ser professor em alguma universidade.
Previu
que neste segundo turno “vai haver um aumento de votação” e que não acredita
que se repita a grande abstenção da primeira votação ”pelo bem da democracia”. No
primeiro turno, ocorrido em 25 de maio, quando Zuluaga obteve quatro pontos de
vantagem sobre Santos, houve uma abstenção de 60%.
A ex-sequestrada pelas FARC, Ingrid Betancourt, aposta também no processo de paz encampado pelo presidente Santos (Foto: AFP/Página/12) |
Um grupo
de 10 “pais” da Constituição de 1991 pelo Partido Liberal e pela extinta Aliança
Democrática M-19 pediram ontem o voto pela reeleição de Santos, para que seja concluída
a negociação com as guerrilhas. Através duma carta, os 10 constituintes, entre eles
senadores eleitos como o ex-guerrilheiro Antonio Navarro Wolf e Horacio Serpa
Uribe, manifestaram que “aqueles que reconheçam seu direito, e de suas famílias
e seus compatriotas, a viver em paz, têm o dever moral de votar”. Nas últimas
semanas, Santos recebeu o apoio de setores da esquerda, de empresários, dos povos
indígenas, dos sindicalistas e de líderes progressistas, decididos a apoiar o
processo de paz que o governo negocia em Havana com as FARC.
Continua
em espanhol:
A este grupo se sumó ayer (ontem) Betancourt, quien estuvo secuestrada
por las FARC durante seis años. En un video de 30 segundos de duración
difundido en Internet, Betancourt, que fue secuestrada en febrero de 2002 por
la guerrilla cuando era candidata presidencial, se manifestó a favor de la
aspiración de Santos de renovar su mandato para el período 2014-2018. “Quienes
hemos sufrido la guerra tenemos muchos motivos para apoyar el proceso de paz”,
afirmó la ex candidata, que en 2008 fue rescatada durante una operación
realizada en la selva que incluyó a tres estadounidenses y 11 militares y
policías. “Lo más importante es detener el sufrimiento de otros colombianos
agobiados por el conflicto”, señaló Betancourt, al referirse al proceso de paz.
Por su parte, el ex presidente y senador electo del Centro Democrático, Álvaro
Uribe, volvió a la carga y atacó a su sucesor. Indicó que Santos se “quitó el
disfraz (tirou o disfarce)” y se “destapó” como el candidato de las FARC.
Uribe, con quien el actual mandatario expresó el jueves (na quinta-feira) que
le gustaría reconciliarse, no parece tener el mismo deseo del que fuera su
ministro de Defensa, a quien acusó también de ser “un carnicero con las fuerzas
armadas y un cordero con el terrorismo”. Por ello, advirtió que los empresarios
que apoyan a Santos ponen a Colombia “en riesgo de quedar en las fauces de las
FARC, de (el presidente venezolano, Nicolás) Maduro y del extremo
izquierdismo”.
Además, lo acusó de “mentir” cuando dice que “ha sido el principal
guerrero” contra las FARC. “Yo pensé en esa época que cuando él decía ‘no’ y
vacilaba tanto, eran precauciones de la prudencia frente a mis ímpetus. ¡No!
Eran fallas del carácter por quien se acomoda por el poder y cambia (e muda) sus
convicciones”, apuntó Uribe. El ex presidente se refirió al rescate de
Betancourt y recordó que mientras (enquanto) el ejército colombiano preparaba
el operativo para su liberación, Santos, entonces ministro de Defensa, estaba
de vacaciones (em férias) en Europa.
El proceso de paz se convirtió en el principal tema de la segunda vuelta
(segundo turno) de las elecciones presidenciales. Santos afirma que necesita
cuatro años más de gobierno para concretar el final del conflicto armado,
mientras (enquanto) que Zuluaga es un acérrimo crítico de las conversaciones
con las FARC y en los últimos tiempos fue cuestionado por cambiar (mudar) varias
veces su postura sobre este tema.
Tradução:
Jadson Oliveira
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