A presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner (Foto: Correio do Brasil) |
Do jornal digital Correio do Brasil, com ABr, de Buenos Aires, de 19/06/2014
O governo da Argentina emitiu nota informando que uma decisão da Justiça dos Estados Unidos pode impedi-lo de honrar seus compromissos no dia 30 de junho. Isso pode significar que o país poderá dar um novo calote na dívida no final do mês. No próximo dia 30 de junho, a Argentina precisa pagar US$ 900 milhões. O último calote ocorreu em 2001, quando a Argentina enfrentou a pior crise econômica.
Quando saiu da última crise, os argentinos propuseram aos credores quitar os débitos com 60% de desconto. Na época, 93% aceitaram o acordo e tem recebido os pagamentos em parcelas. No entanto, os 7% restantes não aceitaram renegociar e recorreram à Justiça norte-americana e ganharam. A Suprema Corte dos Estados Unidos não aceitou o apelo do governo argentino para rever as decisões dos tribunais de primeira e segunda instância, favoráveis aos chamados “fundos abutres”, que compraram títulos “podres” da dívida, com descontos e depois recorreram à Justiça para receber o valor total.
Se a Argentina tiver pagar o valor total, terá de desembolsar US$ 15 bilhões, mais da metade das reservas do Banco Central.
A presidenta Cristina Kirchner disse que vai encontrar uma forma de pagar os credores que aceitaram renegociar a dívida.
No último dia 17, o ministro argentino da Economia, Axel Kicillof, disse que o país tentará fazer uma nova troca de títulos da dívida pública sob a lei argentina para assegurar o pagamento aos detentores de papéis reestruturados.
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