Como em cada 20 de maio e há 19 anos, foi realizada nesta terça-feira, em Montevidéu, a Marcha do Silêncio reivindicando “verdade e justiça”.
Desta vez a consigna foi: “Onde estão? Por que o silêncio?”. O desfile, como de costume, se realizou no mais absoluto silêncio, só interrompido pela menção dos nomes dos desaparecidos durante a ditadura (1973-1985).
Tampouco houve bandeiras nem emblemas partidários, e sim as fotos dos que sofreram o desaparecimento forçado.
A marcha
partiu do Monumento ao Desaparecido, localizado na Avenida Rivera
esquina Jackson, às 19 horas e seguiu pela 18 de Julho.
O presidente Mujica e sua esposa a senadora Topolasnky se incorporaram ao cortejo em frente à Prefeitura de Montevidéu, e ambos caminharam entre a multidão silenciosa.
Como todos os anos, a marcha culminou na Praça Liberdade, onde foi entoado o Hino Nacional.
A manifestação coincide com a data do assassinato dos legisladores Héctor Gutiérrez Ruiz e Zelmar Michelini, ocorrido no ano de 1976 na Argentina, no bojo da Operação Condor, que coordenou a ação repressiva das ditaduras no Cone Sul. Nesse mesmo dia foram assassinados também os militantes da esquerda Rosario Barredo e William Whitelaw.
Convocam e organizam a marcha a Coordenação de Apoio e a associação Mães e Familiares dos Uruguaios Detidos – Desaparecidos.
Tradução: Jadson Oliveira
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