O GRITO DE DENÚNCIA CONTRA A CHEVRON EM MAIS DE 30 CIDADES




(Foto: Nodal)
“O Dia Internacional anti-Chevron permite recuperar na memória da cidadania aqueles problemas e os prejuízos causados pela Chevron, assim como a corrupção que gerou”, explicou o chanceler equatoriano Ricardo Patiño.

Do portal Nodal – Notícias da América Latina e Caribe, de 22/05/2014

Pela primeira vez os afetados pela contaminação ambiental deixada pela Chevron (antiga Texaco) realizaram na quarta-feira, dia 21, um ato mundial para repudiar a atuação da transnacional e pedir respeito aos direitos humanos e indenização pelos danos.

O ato foi realizado em mais de 30 cidades, depois que movimentos sociais do Equador, Argentina, Estados Unidos, Nigéria e Romênia declararam o 21 de maio como o ‘Dia Internacional anti-Chevron’.

A data foi instituída para denunciar as ações da petroleira, acusada de colocar em risco o meio ambiente e a vida de milhares de pessoas. A manifestação antecede a reunião da junta de acionistas da companhia, prevista para o próximo dia 28 nos EUA.

Diversos atos se realizaram em Nova Iorque, Chicago, Toronto, Londres, Berlim, Bruxelas, Paris, Madrid, Múrcia, Sevilha, Bucareste, Estocolmo, Genebra, Budapeste, Caracas, Cidade do México, Santiago do Chile, Assunção, Bogotá e Buenos Aires, dentre outras cidades.
Capa do dia 22/maio do jornal El Telégrafo, diário estatal do Equador (Foto: Nodal)
Os protestos se efetuaram também na Internet, em http://virtualprotest.chevroff.org e através do sítio www.antichevron.com; e no Twitter, através das contas @antichevron e @ApoyaAlEcuador. Ainda que a primeira tenha sido suspensa sem que o Twitter desse explicações.

Nas redes sociais a etiqueta #Antichevron se converteu em tendência no Equador e usuários de várias partes do mundo postaram sua foto com um cartaz que dizia “eu sou anti-Chevron”.

“O Dia Internacional anti-Chevron permite recuperar na memória da cidadania aqueles problemas e os prejuízos causados pela Chevron, assim como a corrupção que gerou”, explicou o chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, durante uma entrevista coletiva com a imprensa nacional e estrangeira.

Patiño mostrou uma série de desenhos feitos por crianças afetadas, nos quais, na sua própria visão, plasmaram as consequências da contaminação ambiental deixada pela Chevron. Os desenhos mostravam flores e animais chorando ao ver destruído seu habitat. (IR AO STORIFY: O mundo rechaça as marcas contaminadoras da Chevron)

As crianças são habitantes do Lago Agrio e estudam na escola Camilo Domínguez. Elas realizaram seus desenhos no último dia 14.

Esses desenhos serão entregues à primeira dama dos Estados Unidos, Michelle Obama. Nesse país está a sede da multinacional acusada de dano ambiental na Amazônia onde explorou petróleo entre 1964 e 1992.

O presidente equatoriano Rafael Correa, ao se referir ao evento, ressaltou que “mais do que Dia anti-Chevron, diríamos dia pela justiça, transparência e honestidade”.

Como parte dos eventos públicos pelo Dia anti-Chevron, ocorreram em Quito uma concentração, manifestações artísticas e um canto na Praça do Teatro.

Para ler mais, em espanhol, no Nodal:

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