Por Luiz Carlos Azenha, no seu blog Viomundo, publicado em 2 de maio de 2014 às 14:56
Há alguns anos os blogueiros de esquerda abriram espaço na internet para três movimentos sociais que consideram politicamente importantes e que militavam por:
1. Universalização da banda larga, com acesso gratuito em espaços públicos;
2. Democratização da mídia, que inclui regulamentação das concessões eletrônicas, apoio às rádios comunitárias, financiamento para os sem voz e combate à propriedade cruzada, dado que nossa mídia corporativa é controlada majoritariamente por homens brancos ricos e conservadores;
3. Neutralidade na rede, para evitar que o conteúdo do site de O Globo ande mais rápido que o do Escrevinhador.
Dos três pontos acima os governos do PT só avançaram no terceiro, não completa mas significativamente. Ainda assim, com riscos. Isso porque as empresas de telefonia, que controlam a infraestrutura da internet, devem repetir no Brasil o que fizeram nos Estados Unidos: uma tentativa de “flexibilizar” o conceito de neutralidade na rede. Como dispõem de milhões de reais para aplicar em lobbies no Congresso, eventualmente comprarão o que pretendem comprar.
Nos dois primeiros pontos não houve avanços significativos, por causa dos compromissos políticos dos governos petistas:
1. Com as empresas de telefonia;
2. Com a mesma coalizão conservadora que controla concessões de rádio e TV nos estados e municípios (José Sarney, retransmissor da Globo no Maranhão, é um dos exemplos).
Agora, chegou a hora de a onça beber água. Estamos, outra vez, em período eleitoral.
O PT lança sua agência de notícias digital.
Numa entrevista a ela, o presidente do partido disse:
A pergunta é: foi tarde demais?
Do ponto-de-vista da realpolitik, só saberemos quando e se Dilma Rousseff se reeleger presidente da República.
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