Faleceu na noite desta sexta-feira, 02 de maio, Dom Tomás Balduíno (foto), bispo emérito de Goiás, fundador da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e importante líder na luta por justiça social. O frade dominicano, de 91 anos, estava internado há três semanas, tratando de complicações cardíacas e de um câncer.
Dom Tomás teve a vida marcada pela luta em favor dos mais pobres e excluídos; seu trabalho era especialmente voltado para a questão agrária, a luta pela distribuição de terras e em favor dos indígenas e das comunidades tradicionais. Em 1957, quando foi nomeado superior da missão dos dominicanos da Prelazia de Conceição do Araguaia, no Estado do Pará, sentiu e viveu de perto a realidade do povo indígena e sertanejo. Desde então, doou sua vida à causa dos menos favorecidos.
Em nota, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) noticiou a Páscoa de seu fundador. "Apesar da tristeza temos a certeza que Dom Tomás viveu sua vida em plenitude, e em comunhão com a causa dos pobres da terra. Seu exemplo e luta estarão presentes sempre na caminhada daqueles e daquelas que lutam por um mundo melhor e por justiça social. Ficamos, hoje, todos e todas um pouco órfãos, mas seguimos na certeza de que Dom Tomás está e estará presente sempre, nos pés que marcham por esse país e nas bandeiras que tremulam por esse mundo em busca de uma sociedade mais justa e igualitária”.
O monge beneditino Marcelo Barros, que morou e trabalhou desde 1977 com Dom Tomás, também lamentou a morte do amigo. "Nestes dias, nós celebramos a Páscoa de Jesus e, na celebração desta Páscoa, tivemos que fazer uma entrega, a entrega a Deus da vida de Dom Tomás Balduíno, um dos nossos grandes profetas, bispo, padrinho da Teologia da Libertação, bispo dos índios, pastor dos lavradores, e de todo o povo pobre”, manifestou.
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