Leopoldo López, principal líder dos setores mais violentos da oposição, está preso à disposição da Justiça |
Trecho da matéria do jornal argentino Página/12 intitulada “Nações Unidas celebra o diálogo na Venezuela”, da edição de 12/04/2014 (o título acima é deste blog)
A reivindicação da oposição venezuelana por uma anistia que permita libertar vários dirigentes oposicionistas presos e a negativa a este pedido por parte do presidente Maduro constituíram o fato de maior destaque na primeira reunião da mesa de diálogo entre governo e oposição (na quinta-feira à noite, no Palácio de Miraflores, em Caracas).
Enquanto o governo pediu à oposição que se pronuncie abertamente contra a violência de algumas manifestações, integrantes da Mesa da Unidade Democrática (MUD, que reúne 29 partidos opositores) centraram seus pronunciamentos no pedido de anistia e em mudanças na área econômica.
A sessão, transmitida ao vivo por cadeia nacional de rádio e televisão e pela Telesur (TV Telesul), e intermediada por chanceleres da Unasul e um representante do Vaticano, não esteve isenta de certa tensão, já que a maioria dos discursos esteve carregada de críticas e acusações, mas nenhum orador perdeu a linha e todos defenderam a necessidade de manter o diálogo.
Maduro rechaçou a possibilidade de beneficiar com uma anistia um grupo de presos vinculados aos fatos políticos, entre eles o líder do partido Voluntad Popular (VP – Vontade Popular), Leopoldo López, e dois prefeitos. O encontro, aberto e encerrado por Maduro, terminou com a convocação para outro semelhante na terça-feira próxima, tal como havia proposto (Ramón Guillermo) Aveledo (secretário-geral da MUD) em sua intervenção.
“Há tempo para a justiça e há tempo para o perdão; e agora é o tempo para a justiça, a justa justiça que o país necessita para recuperar a paz”, assinalou Maduro.
A anistia era um dos quatro pontos que a oposição havia imposto como condição para participar da primeira “reunião preparatória”, e em sua intervenção o deputado Andrés Velásquez (antichavista) apresentou um projeto de lei e em seguida seu colega Julio Borges (também antichavista) afirmou que Maduro poderia sancioná-lo de acordo com a “lei habilitante”, que o autoriza a legislar por decreto.
Tradução: Jadson Oliveira
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