Ex-deputada venezuelana María Corina Machado, considerada uma das lideranças da ultradireita (em visita ao Brasil, esteve na quarta-feira, dia 2, no Congresso Nacional) (Foto: Arquivo Aporrea) |
“Transposição
nazista” – técnica generalizada por integrantes da ultradireita e por meios
privados de comunicação da Venezuela.
Tanto
María Corina Machado como Henrique Capriles “transposicionam”, como os nazistas,
mensagens por diferentes vias, tentando criar a ideia de que na Venezuela há uma
ditadura, repressão e violação dos direitos humanos, quando, ao contrário, quem
assume a promoção da paz e do bem-viver é o Governo Nacional, apesar da guerra
midiática e econômica que a nação enfrenta.
Por Prensa Web YVKE – reproduzido do portal
venezuelano Aporrea.org, de
31/03/2014
Transposição é uma técnica de propaganda nazista que foi
utilizada por Joseph Goebbels no Ministério da Propaganda criado durante a
ditadura de Adolf Hitler na Alemanha. Esta técnica integra um dos 11 princípios
da propaganda de Goebbels para difundir o medo.
A transposição consiste em passar para o adversário os próprios erros ou defeitos, respondendo o ataque com o ataque baseado na mensagem: “se você não pode negar as más notícias, inventa outras que as encubram”.
Consiste também em transferir ou extrapolar o que alguém faz contra outro, quer dizer, se trata de atribuir os resultados dum ato a algo ou a alguém.
No dia-a-dia midiático esta estratégia resultou na inserção e invenção de mentiras, falsidades e até obscenidades nos discursos de caráter político, com o fim deslegitimador do outro, no caso dirigido diretamente contra Nicolás Maduro, presidente da República, com o objetivo de enganar, manipular e desrespeitar os venezuelanos.
Citamos a seguir alguns exemplos da maneira como isso ocorre no contexto duma descarada campanha midiática essencialmente antichavista.
“Os mortos não são atribuídos aos protestos, são consequência da violência e da repressão… Quem ordenou a repressão? Todos escutamos o Senhor Maduro, em cadeia de rádio e TV a partir de Miraflores (palácio do governo), dar ordens aos coletivos armados para sair a disparar e saíram a reprimir; o nosso é um movimento cívico e pacífico”.
Estas foram declarações da ex-deputada (Assembleia Nacional) María Machado em entrevista a um órgão de imprensa do estado de Zulia; obviamente, a representante da Mesa da Unidade Democrática (MUD – aliança de quase 30 partidos e movimentos antichavistas) tergiversa a realidade recente no país com frases simples totalmente contrárias ao que acontece realmente.
Neste aspecto, a mensagem se cinge à supressão, omissão, silenciação e transposição dos fatos.
Análise linguística
O linguista e filósofo estadunidense Noam Chomsky, em sua teoria crítica da escola de Frankfurt, mostra que existe um sistema de construção de consenso do poder com os meios de comunicação e que existe no final uma “percepção seletiva” das notícias, o princípio de “silenciação” se dá claramente.
A nível lingüístico se observa um duplo discurso, Machado em sua linguagem usa palavras associadas (“lexías asociadas”) ou palavras comuns referidas ao “outro” que é o governo, como: Ditadura-Regime.
À gestão do Governo Nacional se chama: Repressão-Opressão-Bandos delituosos-Coletivos de terror.
Sobre seu “eu” (ela) as “lexías asociadas” são: Movimentos pacíficos-Força democrática; e sobre sua atuação se refere como: Protesto cívico e pacífico.
A técnica da transposição se evidencia porque criminaliza diretamente o governante nacional pelos atos violentos que são chamados por ela de “protesto”; temos que assinalar dois elementos essências: um – ainda que ela nunca tenha se pronunciado publicamente contra os eventos agressivos, insiste em chamá-los de “protestos”. Estes não foram provocados pelo governo, muito pelo contrário, a autoridade presidencial tem feito amplos chamados à paz e ao diálogo, concretizando inclusive na participação de setores da oposição, tanto políticos como econômicos; não obstante, nem Machado, nem Henrique Capriles e nem Leopoldo López participaram.
Em segundo lugar, a técnica de transposição se evidencia em que os atos violentos foram provocados a partir de seus chamamentos e de outros porta-vozes da oposição, através dos meios de comunicação social que lhes serviram como aliados e também através de redes sociais, que desde 12 de fevereiro anunciaram “a saída” (do presidente Maduro), um fato inconstitucional, e “hoje todos às ruas”, entre outros chamamentos.
María Machado tampouco se pronunciou contra os atos catalogados como terroristas, nunca manifestou repúdio, e sim, transferiu as ações violentas dos grupos fascistas para a atuação de resguardo que cumprem os efetivos da Guarda Nacional Bolivariana (GNB), aos quais atribui “brutal repressão”, satanizando desta maneira a sua ação.
A ex-deputada esqueceu ou pelo menos não se pronunciou a respeito dos anúncios já oficializados pela procuradora geral Luisa Ortega Díaz, a qual informou que “dos 81 casos que investigam dois são por tortura, 75 por trato cruel, dois por homicídio consumado e dois por homicídio frustrado”. O saldo total dos feitos terroristas é o seguinte: 37 falecidos, 559 feridos e 168 presos, além de 81 investigações abertas na Procuradoria por suposta violação dos Direitos Humanos.
Por outro lado, María Machado escreveu num twitter (abreviaturas eliminadas): “Minhas condolências à família de Roberto Annese, assassinado pelo regime de Maduro ontem em Maracaibo quando protestava pacificamente”; nesta mensagem ela desconhece o que foi informado por Miguel Rodríguez Torres, ministro do Poder Popular para Interior, Justiça e Paz (MPPIJyP) e por autoridades regionais do Corpo de Polícia Bolivariana do Estado de Zulia (CPBEZ), a cargo do general Julio Yépez Castro: eles informaram em coletiva à imprensa que Roberto Annese, de 33 anos, não era estudante e manejava um artefato explosivo e que morreu pela “explosão dum morteiro”.
Outros representantes da oposição como Henrique Capriles Radonski, governador do estado de Miranda e também integrante da MUD (foi o candidato da direita nas duas últimas eleições presidenciais, uma contra Chávez e outra contra Maduro), culpou o mandatário nacional, disse “o único responsável é Maduro”.
Capriles também incorreu na desinformação, manipulação e tergiversação da realidade do país com referência aos atos violentos que desde o mês de fevereiro vêm ocorrendo em decorrência da convocação de ambos opositores extremistas.
A transposição consiste em passar para o adversário os próprios erros ou defeitos, respondendo o ataque com o ataque baseado na mensagem: “se você não pode negar as más notícias, inventa outras que as encubram”.
Consiste também em transferir ou extrapolar o que alguém faz contra outro, quer dizer, se trata de atribuir os resultados dum ato a algo ou a alguém.
No dia-a-dia midiático esta estratégia resultou na inserção e invenção de mentiras, falsidades e até obscenidades nos discursos de caráter político, com o fim deslegitimador do outro, no caso dirigido diretamente contra Nicolás Maduro, presidente da República, com o objetivo de enganar, manipular e desrespeitar os venezuelanos.
Citamos a seguir alguns exemplos da maneira como isso ocorre no contexto duma descarada campanha midiática essencialmente antichavista.
“Os mortos não são atribuídos aos protestos, são consequência da violência e da repressão… Quem ordenou a repressão? Todos escutamos o Senhor Maduro, em cadeia de rádio e TV a partir de Miraflores (palácio do governo), dar ordens aos coletivos armados para sair a disparar e saíram a reprimir; o nosso é um movimento cívico e pacífico”.
Estas foram declarações da ex-deputada (Assembleia Nacional) María Machado em entrevista a um órgão de imprensa do estado de Zulia; obviamente, a representante da Mesa da Unidade Democrática (MUD – aliança de quase 30 partidos e movimentos antichavistas) tergiversa a realidade recente no país com frases simples totalmente contrárias ao que acontece realmente.
Neste aspecto, a mensagem se cinge à supressão, omissão, silenciação e transposição dos fatos.
Análise linguística
O linguista e filósofo estadunidense Noam Chomsky, em sua teoria crítica da escola de Frankfurt, mostra que existe um sistema de construção de consenso do poder com os meios de comunicação e que existe no final uma “percepção seletiva” das notícias, o princípio de “silenciação” se dá claramente.
A nível lingüístico se observa um duplo discurso, Machado em sua linguagem usa palavras associadas (“lexías asociadas”) ou palavras comuns referidas ao “outro” que é o governo, como: Ditadura-Regime.
À gestão do Governo Nacional se chama: Repressão-Opressão-Bandos delituosos-Coletivos de terror.
Sobre seu “eu” (ela) as “lexías asociadas” são: Movimentos pacíficos-Força democrática; e sobre sua atuação se refere como: Protesto cívico e pacífico.
A técnica da transposição se evidencia porque criminaliza diretamente o governante nacional pelos atos violentos que são chamados por ela de “protesto”; temos que assinalar dois elementos essências: um – ainda que ela nunca tenha se pronunciado publicamente contra os eventos agressivos, insiste em chamá-los de “protestos”. Estes não foram provocados pelo governo, muito pelo contrário, a autoridade presidencial tem feito amplos chamados à paz e ao diálogo, concretizando inclusive na participação de setores da oposição, tanto políticos como econômicos; não obstante, nem Machado, nem Henrique Capriles e nem Leopoldo López participaram.
Em segundo lugar, a técnica de transposição se evidencia em que os atos violentos foram provocados a partir de seus chamamentos e de outros porta-vozes da oposição, através dos meios de comunicação social que lhes serviram como aliados e também através de redes sociais, que desde 12 de fevereiro anunciaram “a saída” (do presidente Maduro), um fato inconstitucional, e “hoje todos às ruas”, entre outros chamamentos.
María Machado tampouco se pronunciou contra os atos catalogados como terroristas, nunca manifestou repúdio, e sim, transferiu as ações violentas dos grupos fascistas para a atuação de resguardo que cumprem os efetivos da Guarda Nacional Bolivariana (GNB), aos quais atribui “brutal repressão”, satanizando desta maneira a sua ação.
A ex-deputada esqueceu ou pelo menos não se pronunciou a respeito dos anúncios já oficializados pela procuradora geral Luisa Ortega Díaz, a qual informou que “dos 81 casos que investigam dois são por tortura, 75 por trato cruel, dois por homicídio consumado e dois por homicídio frustrado”. O saldo total dos feitos terroristas é o seguinte: 37 falecidos, 559 feridos e 168 presos, além de 81 investigações abertas na Procuradoria por suposta violação dos Direitos Humanos.
Por outro lado, María Machado escreveu num twitter (abreviaturas eliminadas): “Minhas condolências à família de Roberto Annese, assassinado pelo regime de Maduro ontem em Maracaibo quando protestava pacificamente”; nesta mensagem ela desconhece o que foi informado por Miguel Rodríguez Torres, ministro do Poder Popular para Interior, Justiça e Paz (MPPIJyP) e por autoridades regionais do Corpo de Polícia Bolivariana do Estado de Zulia (CPBEZ), a cargo do general Julio Yépez Castro: eles informaram em coletiva à imprensa que Roberto Annese, de 33 anos, não era estudante e manejava um artefato explosivo e que morreu pela “explosão dum morteiro”.
Outros representantes da oposição como Henrique Capriles Radonski, governador do estado de Miranda e também integrante da MUD (foi o candidato da direita nas duas últimas eleições presidenciais, uma contra Chávez e outra contra Maduro), culpou o mandatário nacional, disse “o único responsável é Maduro”.
Capriles também incorreu na desinformação, manipulação e tergiversação da realidade do país com referência aos atos violentos que desde o mês de fevereiro vêm ocorrendo em decorrência da convocação de ambos opositores extremistas.
Abertamente, tanto Machado como Capriles “transposicionam”, como os nazistas,
mensagens por diferentes vias, tentando criar a ideia de que na Venezuela há uma
ditadura, repressão e violação dos direitos humanos, quando, ao contrário, quem
assume a promoção da paz e do bem-viver é o Governo Nacional, apesar da guerra
midiática e econômica que a nação enfrenta.
Nem Capriles, nem María Machado participaram das conferências de paz e do chamamento ao diálogo feito em reiteradas oportunidades pelo presidente Nicolás Maduro e sua equipe de trabalho, fato que foi criticado até mesmo pela própria direção opositora.
Nem Capriles, nem María Machado participaram das conferências de paz e do chamamento ao diálogo feito em reiteradas oportunidades pelo presidente Nicolás Maduro e sua equipe de trabalho, fato que foi criticado até mesmo pela própria direção opositora.
Tradução:
Jadson Oliveira
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