(Todas as fotos são de sites do La Jornada) |
Jovens
mexicanos – cerca de 4 mil manifestantes - foram às ruas da Cidade do México durante
a semana passada para protestar contra as ameaças à liberdade de expressão na
Internet, denunciando inclusive que o governo poderia, com a nova legislação
proposta, bloquear o acesso à web, conforme matéria da edição de 23/04/2014,
pág. 5 (assinada por Arturo Sánchez),
do jornal La Jornada e fotos
divulgadas também através do seu site.
Eles
marcharam até se concentrarem em frente ao Senado, onde está em discussão
projeto de lei que trata das telecomunicações.
Segundo
reporta o diário mexicano, a manifestação foi no esquema atualmente preferido
pelos jovens: sem palanques nem oradores, sem comunicados nem pronunciamentos
conjuntos, os manifestantes gritaram consignas como “Que o mundo veja que no
México se luta” e “México sem PRI” (Partido Revolucionário Institucional, que
de revolucionário não tem nada, muito pelo contrário: depois de dezenas de anos
no poder, caiu recentemente, mas voltou com o
presidente atual Peña Nieto).
Ninguém
parecia encabeçar os protestos e nem parecia haver um planejamento prévio da
ação, como costuma acontecer nas manifestações de jovens através das redes
sociais, em especial Twitter, Facebook e YouTube.
Traduzindo
alguns trechos da matéria:
‘‘Não é
desordem, é que esta manifestação foi convocada de maneira espontânea’’, indicou
Carlos Brito, integrante do Coletivo em Defesa dos Direitos Digitais. De acordo
com ele, através das redes sociais pessoas que abraçaram a causa convidaram a
ir novamente ao Senado para manifestar-se ‘‘contra a censura na Internet’’.
Agregou que ‘‘a mensagem do governo tem sido de silêncio, fechamento disfarçado
de abertura’’.
O ator Damián Alcázar, presente na manifestação, se aproximou dum grupo dos denominados anarquistas e lhes disse que o protesto devia ser pacífico e que a violência tem que ser rechaçada. Mas a violência chegou.
Depois de estarem na frente do Senado, os manifestantes decidiram ir à Televisa (o grande monopólio de TV, a Globo de lá). Aí, alguns tiveram enfrentamentos com a polícia, que impediu que eles chegassem até as portas da emissora.
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