(Foto: RT/AFP/thierry ehrmann) |
O ex-presidente da Colômbia, Álvaro
Uribe, concedeu dezenas de licenças para que o chefão do narcotráfico Pablo
Escobar pudesse dispôr de pistas de aterrissagem, assegurou a jornalista
Virginia Vallejo, que fora amante do chefe do cartel de Medellín.
Por
RT Actualidad (TV Rússia Today), de 06/04/2014
"Através de Pablo (Escobar) pude saber que (Álvaro)
Uribe lhe concedeu dezenas de licenças para dispôr de pistas de aterrissagem.
Me dizia que sem a ajuda de 'ese muchachito bendito' estaria trazendo a pasta
de coca a pé a partir da Bolívia", disse Vallejo numa entrevista à revista
argentina 'Noticias'. Foi realizada por motivo da reedição na
Argentina de seu livro 'Amando a Pablo, odiando a Escobar', lançado em 2007.
Vallejo aproveitou a ocasião para criticar a série colombiana 'El patrón del mal', garantindo que o único propósito da ficção televisiva, que fez sucesso na Colômbia e em vários países da América e na Espanha, "é encobrir o verdadeiro escândalo que são os crimes dos narcopresidentes (em referência a Álvaro Uribe, Alfonso López Michelsen e Ernesto Samper)", mostrando aventuras de alcova.
"Denunciei a cumplicidade com o narcotráfico de políticos muito importantes do meu país, entre os quais havia vários ex-presidentes, mas sobretudo Álvaro Uribe, que então estava iniciando seu segundo mandato", disse a jornalista colombiana exilada nos Estados Unidos.
Escobar, que realizou grandes remessas de cocaína aos Estados Unidos, foi alvejado pelas forças de segurança da Colômbia em 2 de dezembro de 1993, quando fugia pelo telhado duma casa num bairro de Medellín, onde se escondeu após ter fugido em 21 de julho de 1992 da prisão La Catedral, que o governo de César Gaviria (1990-1994) havia construído para alojá-lo.
Numa entrevista inédita publicada recentemente, o próprio Escobar revelou que "o dinheiro ‘quente’(depois de “lavado”, legalizado) está espalhado em todos os setores econômicos", ao explicar que "o Estado e o mesmo governo recebem esse dinheiro de impostos das pessoas que estão ‘sindicadas’ para comercializar com drogas ilegais".
Vallejo aproveitou a ocasião para criticar a série colombiana 'El patrón del mal', garantindo que o único propósito da ficção televisiva, que fez sucesso na Colômbia e em vários países da América e na Espanha, "é encobrir o verdadeiro escândalo que são os crimes dos narcopresidentes (em referência a Álvaro Uribe, Alfonso López Michelsen e Ernesto Samper)", mostrando aventuras de alcova.
"Denunciei a cumplicidade com o narcotráfico de políticos muito importantes do meu país, entre os quais havia vários ex-presidentes, mas sobretudo Álvaro Uribe, que então estava iniciando seu segundo mandato", disse a jornalista colombiana exilada nos Estados Unidos.
Escobar, que realizou grandes remessas de cocaína aos Estados Unidos, foi alvejado pelas forças de segurança da Colômbia em 2 de dezembro de 1993, quando fugia pelo telhado duma casa num bairro de Medellín, onde se escondeu após ter fugido em 21 de julho de 1992 da prisão La Catedral, que o governo de César Gaviria (1990-1994) havia construído para alojá-lo.
Numa entrevista inédita publicada recentemente, o próprio Escobar revelou que "o dinheiro ‘quente’(depois de “lavado”, legalizado) está espalhado em todos os setores econômicos", ao explicar que "o Estado e o mesmo governo recebem esse dinheiro de impostos das pessoas que estão ‘sindicadas’ para comercializar com drogas ilegais".
Tradução:
Jadson Oliveira
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