Leopoldo López (Foto: VTV) |
(“Guarimberos” – guarimbeiros – vem de “guarimbas”, como são chamadas pelos venezuelanos as barricadas, com atos violentos, armadas pelo pessoal da ultradireita para bloquear ruas de bairros da zona Leste de Caracas, a região cuja maioria dos moradores é rica).
Veja a tática do pai de Leopoldo López para conseguir que o filho estudasse na Universidade de Harvard.
Conheça
o caso da doação de dinheiro da PDVSA para o partido Primeiro Justiça.
No
golpe de Estado de 2002 organizou a captura e a agressão ao então ministro do
Interior, Ramón Rodríguez Chacin, que foi tirado algemado de casa e exposto a uma
turba enfurecida que o golpeou selvagemente.
Pai,
mãe e filho López Mendoza foram alvo de investigações e sanções administrativas
por parte da Controladoria Geral da República.
Por:
Latabla.blogspot.com / LaiguanaTV | reproduzido
do portal Aporrea.org, de 12/03/2014
"Guarimba" em rua de Caracas (Foto: Internet) |
Nascido em abril de 1971 em Caracas, Leopoldo López é
filho de Leopoldo López Gil e Antonieta Mendoza.
Como herdeiro de uma das mais ricas famílias da burguesia venezuelana, López Mendoza recebeu uma excepcional formação. Sua escola primária e secundária foi cursada no Colégio Santiago de León, o mais importante centro educativo de caráter laico reconhecido pelas camadas mais poderosas da capital venezuelana.
Em 1989 inicia estudos universitários de Economia no Kendon College, em Ohio, Estados Unidos. Se trata dum centro de estudos criado em 1824 e cuja matrícula anual tem um custo ao redor dos 60 mil dólares, segundo a revista Forbes.
Ao terminar em 1993 sua pré-graduação, López se inscreve num Mestrado de Teologia na afamada Universidade de Harvard. Somente 13% dos aspirantes conseguem ingressar em Harvard, daí que, possivelmente, sua escolha por uma carreira de menor procura foi uma tática para conseguir entrar.
Seu pai em 1994 ainda era presidente da Fundação Gran Mariscal de Ayacucho (Fundayacucho) e López Mendoza recebeu uma bolsa para financiar seus estudos em Harvard, segundo denúncia formulada pelo atual vice-presidente Jorge Arreaza, em julho de 2008.
Posteriormente ele mudou de área de estudo e se inscreveu num MBA (Master in Business Administration, Mestrado em Administração de Negócios), o que tem tudo a ver com "seu programa de governo envolvendo a privatização e o neoliberalismo, porque para isso foi formado".
Leopoldo López regressou a Venezuela em 1996 e começou a trabalhar no escritório do economista chefe da PDVSA (atualmente a estatal petroleira), José Toro Hardy, um dos promotores da desnacionalização da empresa.
Ao mesmo tempo se integrou à Associação Civil Primeiro Justiça, núcleo do
partido do mesmo nome.
Com o apoio de sua mãe, alta dirigente da PDVSA Petróleo e Gás, obteve uma doação de 60 milhões de bolívares (a moeda do país) para o partido encoberto no nome da associação civil. O dinheiro foi entregue a Julio Borges nos finais de 1998, quando o comandante Hugo Chávez já havia vencido as eleições presidenciais.
No ano 2000 López foi eleito prefeito do município de Chacao (um dos cinco municípios que compõem Caracas, na zona Leste, onde a maioria dos moradores é rica), postulado pelo partido Primeiro Justiça, e no cargo participa da conspiração contra o governo de Chávez.
Em abril de 2002, utilizou sua polícia municipal como força de choque para levar uma marcha opositora em Caracas. E logo após o golpe de Estado organizou a captura e a agressão ao então ministro do Interior, Ramón Rodríguez Chacin, que foi tirado algemado de sua casa e exposto a uma turba enfurecida que o golpeou selvagemente.
Continuou sua atuação contra o governo bolivariano e em 2004 apoiou manifestações de rua, conhecidas como “guarimbas” nas ruas de Chacao. Antes, em 2002, respaldou ativamente uma paródia de rebelião militar na Praça Altamira e pouco depois a sabotagem petroleira.
Em 2007 se afastou do Primeiro Justiça e se integrou a outro partido, Um Novo Tempo, onde permaneceu até 2009, enquanto preparava um projeto político próprio que se concretizou na formação dumas “redes populares” e do partido Voluntad Popular (Vontade Popular).
Esta organização se integrou aos movimentos e líderes estudantis mais radicais e violentos do país, incluindo aqueles que promovem os distúrbios nos estados de Mérida, Táchira e Trujillo.
Inabilitados
Pai, mãe e filho López Mendoza foram alvo de investigações e sanções administrativas por parte da Controladoria Geral da República.
É bastante conhecido o processo de investigação que resultou na inabilitação política de Leopoldo López e sua mãe Antonieta Mendoza, devido à doação dos 60 milhões de bolívares da PDVSA ao partido Primeiro Justiça.
Mas pouco se sabe sobre a medida de controle fiscal contra Leopoldo López Gil por uma transação com bônus da dívida pública quando ocupava a presidência da Fundayacucho.
Em setembro de 1994 a Fundação recebeu uma oferta de venda de bônus da dívida pública venezuelana da parte dum corretor da bolsa. O caso é que o montante a pagar era 474 milhões de bolívares (bolívares velhos), e López e outro funcionário ordenaram o pagamento de 488 milhões.
O pagamento foi feito pelo Banco Mercantil contra os recursos dum “fideicomiso” (fideicomissário) da Fundayacucho. Depois o pai de Leopoldo argumentou que não sabia porque o fato tinha ocorrido e jogou a culpa no banco.
No entanto, a Controladoria aplicou a sanção em novembro de 1998 (antes da Quinta República, ou seja, antes da posse do presidente Chávez, que ocorreu em 2 de fevereiro de 1999) e conseguiu que o TSJ recusasse um recurso de nulidade apresentado pelos punidos, o que fez com que a decisão tramitasse em julgado.
Como herdeiro de uma das mais ricas famílias da burguesia venezuelana, López Mendoza recebeu uma excepcional formação. Sua escola primária e secundária foi cursada no Colégio Santiago de León, o mais importante centro educativo de caráter laico reconhecido pelas camadas mais poderosas da capital venezuelana.
Em 1989 inicia estudos universitários de Economia no Kendon College, em Ohio, Estados Unidos. Se trata dum centro de estudos criado em 1824 e cuja matrícula anual tem um custo ao redor dos 60 mil dólares, segundo a revista Forbes.
Ao terminar em 1993 sua pré-graduação, López se inscreve num Mestrado de Teologia na afamada Universidade de Harvard. Somente 13% dos aspirantes conseguem ingressar em Harvard, daí que, possivelmente, sua escolha por uma carreira de menor procura foi uma tática para conseguir entrar.
Seu pai em 1994 ainda era presidente da Fundação Gran Mariscal de Ayacucho (Fundayacucho) e López Mendoza recebeu uma bolsa para financiar seus estudos em Harvard, segundo denúncia formulada pelo atual vice-presidente Jorge Arreaza, em julho de 2008.
Posteriormente ele mudou de área de estudo e se inscreveu num MBA (Master in Business Administration, Mestrado em Administração de Negócios), o que tem tudo a ver com "seu programa de governo envolvendo a privatização e o neoliberalismo, porque para isso foi formado".
Leopoldo López regressou a Venezuela em 1996 e começou a trabalhar no escritório do economista chefe da PDVSA (atualmente a estatal petroleira), José Toro Hardy, um dos promotores da desnacionalização da empresa.
"Guarimba" em rua de Caracas (Foto: Internet) |
Com o apoio de sua mãe, alta dirigente da PDVSA Petróleo e Gás, obteve uma doação de 60 milhões de bolívares (a moeda do país) para o partido encoberto no nome da associação civil. O dinheiro foi entregue a Julio Borges nos finais de 1998, quando o comandante Hugo Chávez já havia vencido as eleições presidenciais.
No ano 2000 López foi eleito prefeito do município de Chacao (um dos cinco municípios que compõem Caracas, na zona Leste, onde a maioria dos moradores é rica), postulado pelo partido Primeiro Justiça, e no cargo participa da conspiração contra o governo de Chávez.
Em abril de 2002, utilizou sua polícia municipal como força de choque para levar uma marcha opositora em Caracas. E logo após o golpe de Estado organizou a captura e a agressão ao então ministro do Interior, Ramón Rodríguez Chacin, que foi tirado algemado de sua casa e exposto a uma turba enfurecida que o golpeou selvagemente.
Continuou sua atuação contra o governo bolivariano e em 2004 apoiou manifestações de rua, conhecidas como “guarimbas” nas ruas de Chacao. Antes, em 2002, respaldou ativamente uma paródia de rebelião militar na Praça Altamira e pouco depois a sabotagem petroleira.
Em 2007 se afastou do Primeiro Justiça e se integrou a outro partido, Um Novo Tempo, onde permaneceu até 2009, enquanto preparava um projeto político próprio que se concretizou na formação dumas “redes populares” e do partido Voluntad Popular (Vontade Popular).
Esta organização se integrou aos movimentos e líderes estudantis mais radicais e violentos do país, incluindo aqueles que promovem os distúrbios nos estados de Mérida, Táchira e Trujillo.
Inabilitados
Pai, mãe e filho López Mendoza foram alvo de investigações e sanções administrativas por parte da Controladoria Geral da República.
É bastante conhecido o processo de investigação que resultou na inabilitação política de Leopoldo López e sua mãe Antonieta Mendoza, devido à doação dos 60 milhões de bolívares da PDVSA ao partido Primeiro Justiça.
Mas pouco se sabe sobre a medida de controle fiscal contra Leopoldo López Gil por uma transação com bônus da dívida pública quando ocupava a presidência da Fundayacucho.
Em setembro de 1994 a Fundação recebeu uma oferta de venda de bônus da dívida pública venezuelana da parte dum corretor da bolsa. O caso é que o montante a pagar era 474 milhões de bolívares (bolívares velhos), e López e outro funcionário ordenaram o pagamento de 488 milhões.
O pagamento foi feito pelo Banco Mercantil contra os recursos dum “fideicomiso” (fideicomissário) da Fundayacucho. Depois o pai de Leopoldo argumentou que não sabia porque o fato tinha ocorrido e jogou a culpa no banco.
No entanto, a Controladoria aplicou a sanção em novembro de 1998 (antes da Quinta República, ou seja, antes da posse do presidente Chávez, que ocorreu em 2 de fevereiro de 1999) e conseguiu que o TSJ recusasse um recurso de nulidade apresentado pelos punidos, o que fez com que a decisão tramitasse em julgado.
Tradução: Jadson Oliveira
Comentários