Milhares de campesinos e sindicalistas
paraguaios participaram na quarta-feira (dia 26) duma mobilização e greve geral
na capital do país expressando seu repúdio à política econômica e social do governo
de Horacio Cartes.
Por RT Actualidad (Rússia Today em espanhol), de 26/03/2014
A mobilização, que temporariamente
paralisou Assunção, a capital paraguaia, coincidiu com a XXI Marcha do Campesinato Pobre, que é realizada a cada ano
para reivindicar uma reforma agrária e protestar contra o modelo econômico apoiado
pelos grandes latifundiários e produtores de soja, o principal cultivo
exportador do país.
(Fotos: Jorge Adorno/Reuters/RT) |
A marcha, com a participação de cerca de 6.000 ativistas, foi convocada por quatro forças principais: a Federação Nacional
Campesina (FNC), a Corrente Sindical Classista (CSC), o Partido Paraguai
Pyahurã (PPP) e a Organização dos Trabalhadores da Educação (OTEP-SN). Nas vésperas
da manifestação milhares de ativistas começaram a chegar à capital vindos
dos vários departamentos do país.
Os
sindicalistas reivindicaram um reajuste do salário mínimo de 25%, já que a última
medida similar realizada em fevereiro pelo governo de Cartes foi tomada sem
qualquer consulta aos sindicatos e é considerada insuficiente. Outras demandas
dos manifestantes abarcavam uma gama de problemas, desde melhorias na educação
até a modificação do sistema de transporte público e o fim do modelo
agroexportador.
Apesar
das preocupações das autoridades, os protestos transcorreram sem incidentes. De acordo
com os líderes da marcha, se o governo não atende suas reivindicações, se
planeja organizar outra manifestação semelhante.
Segundo o jornalista Luis Agüero Wagner, o modelo agroexportador que predomina no Paraguai é totalitário e imposto por empresas estadunidenses. "Na realidade é um modelo totalitário imposto por empresas estadunidenses como Monsanto (...) e outras grandes empresas monopólicas, porque anteriormente os campesinos paraguaios podiam se dedicar à cultura de subsistência em suas pequenas parcelas de terra e, no entanto, isto agora já é impossível", explicou o especialista à RT.
Segundo o jornalista Luis Agüero Wagner, o modelo agroexportador que predomina no Paraguai é totalitário e imposto por empresas estadunidenses. "Na realidade é um modelo totalitário imposto por empresas estadunidenses como Monsanto (...) e outras grandes empresas monopólicas, porque anteriormente os campesinos paraguaios podiam se dedicar à cultura de subsistência em suas pequenas parcelas de terra e, no entanto, isto agora já é impossível", explicou o especialista à RT.
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