Apoiadores da extrema direita usam matéria do diário conservador O Globo para criminalizar o MST |
A audiência para um novo golpe militar no Brasil, marcado em uma rede social para o próximo dia 22, seguia morna nesta Quarta-feira de Cinzas, sem animar os integrantes da ultradireita que usam a apresentadora do canal brasileiro de TV SBT Raquel Sheherazade como porta-voz e um general de Brigada aposentado, Paulo Chagas, como ideólogo.
O diário conservador carioca O Globo que apoiou a ditadura instalada em 1964, após a queda do governo de João Jango Goulart, eleito democraticamente, também é citado na rede social, com uma matéria em que criminaliza o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e chama para comentários ainda mais radicais.
O risco de uma ação como esta para a democracia brasileira situa-se em um zero absoluto e sua simples convocação beira o ridículo, como asseguram as instituições do país, mas demonstra que os rumos das eleições que se aproximam serão ainda turbulentos, a exemplo da campanha de 2010, que levou a presidenta Dilma Rousseff ao Palácio do Planalto, após uma série de ataques por parte da ultradireita religiosa, que a acusava de promover e apoiar o aborto livre. A sanha foi detida após uma série de três reportagens publicadas aqui, no Correio do Brasil.
Para o jornalista Luiz Carlos Azenha, editor do site Viomundo, apesar de o peso dos segmentos ultraconservadores, na realidade, beira o irrisório, a impressão que passam nas redes sociais é mais nefasta.
“Se você circular por aí na internet é bem capaz de acreditar que sim, dada a sandice dos sem voto. Um golpe pressupõe uma base política organizada, algum tipo de apoio militar e externo. Neste momento não há nenhum deles. O governo Dilma tem base parlamentar, tem apoio significativo do capital nacional e do capital internacional (especialmente depois da concessão do pré-sal)”, escreveu Azenha, em seu perfil.
Para ler mais no Correio do Brasil:
Comentários