CHILE: BACHELET VOLTA AO PODER SOB PRESSÃO POR REFORMAS

Cristina Kirchner (assim como Dilma Rousseff) está entre os chefes de Estado que assistem hoje a posse de Bachelet (Foto: Página/12)
Nova presidente chilena ficará entre as negociações do Congresso e as pressões dos movimentos sociais


Por Victor Farinelli, de Santiago, no portal Opera Mundi, de 11/03/2014

Quatro anos depois de deixar a presidência do Chile com 83% de aprovação, Michelle Bachelet retorna ao cargo nesta terça-feira (11/03), depois de vencer as eleições de dezembro com 63% dos votos.
 

Antes mesmo de ser iniciado, o novo mandato da chilena está cercado de expectativas quanto à possibilidade de impulsionar as reformas educacional, tributária e constitucional. Essas foram as três principais bandeiras de Bachelet desde que voltou ao seu país, em março de 2013, após três anos em Nova York, como representante maior da ONU Mulheres.
 
Apesar dos questionamentos que recebeu durante a campanha, por não ter impulsionado as mesmas ideias durante seu primeiro mandato – razão alegada por grande parte dos analistas políticos chilenos para explicar a perda de influência da centro-esquerda chilena, que passou 20 anos no poder, entre 1990 e 2010, depois da queda de Augusto Pinochet,–, o discurso convenceu o eleitorado. Para ir adiante com seus projetos, porém, ela dependerá de negociações no Congresso, pois não tem o apoio necessário para passar as reformas educativa e constitucional.
 

A Nova Maioria, coalizão formada por Bachelet em 2013, só tem os votos suficientes para aprovar a reforma tributária, com os votos do Partido Comunista e da Esquerda Autônoma.
 

“Não será fácil para um governo com maiorias frágeis lidar com os movimentos sociais por um lado, exigindo as reformas prometidas, e por outro com uma oposição que, ávida por demonstrar força, vê na obstrução dos projetos mais importantes de Bachelet a melhor oportunidade de aparecer”, afirma o analista político Claudio Fuentes, da Universidade Diego Portales.


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