 |
Manifestantes
chavistas expressaram seu apoio ao governo venezuelano, no sábado, durante uma
marcha pelo centro de Caracas (Foto: EFE/Página/12) |
Grande
manifestação de apoio ao governo de Nicolás Maduro e de repúdio à violência nas
ruas: Maduro disse que os atos de violência em Caracas foram provocados por
“fascistas” que tentam derrubar seu governo.
Matéria do jornal
argentino Página/12, de hoje, dia 16
O presidente da
Venezuela, Nicolás Maduro, acusou no sábado, dia 15, o ex-presidente colombiano
Álvaro Uribe de financiar e dirigir os movimentos “fascistas” que buscam derrubá-lo.
Numa marcha convocada pelos governistas “contra o fascismo e a favor da paz”,
Maduro disse que os recentes atos de violência em Caracas foram provocados pelos
grupos de oposição que tentam derrubar seu governo e instaurar a violência no
país. Disse que Uribe, a quem qualificou como um inimigo da Venezuela, está por
trás dos grupos financiando e dirigindo esses movimentos. Maduro acrescentou
que se pretendia, através do canal colombiano NTN24, promover uma tentativa de
golpe de Estado na Venezuela, ao transmitir ao vivo os incidentes da marcha
opositora de quarta-feira, dia 12, na capital, que terminou com três mortos e
66 feridos.
“Pretendiam, através dum
canal de televisão anti-venezuelano, fazer o mesmo que fizeram no dia 11 de
abril de 2002 (quando o falecido presidente Hugo Chávez foi tirado do poder) e
começar a gerar um clima de medo e ódio na Venezuela”, assinalou. Indicou ainda
que com as imagens se pretendia levar o país a um cenário de desestabilização
que justificasse um golpe de Estado. A emissora foi tirada da programação da
televisão a cabo em todo o território venezuelano. “Decidi tirá-lo. Que se vá
com seu veneno ao diabo. Que não venham desestabilizar a Venezuela, encher o
país de violência, um canal anti-venezuelano, anti-bolivariano, fascistóide,
que se vá com seu fascismo ao caralho e deixe tranquilo o povo”, esbravejou.
Maduro disse que com a marcha
chavista se buscava repudiar as ações de violência que a oposição gerou,
convocando publicamente o que qualificou como fórmulas inconstitucionais para
derrocar o governo legítimo que preside. Ao responder a algumas vozes
opositoras, o presidente enfatizou que não pensa em renunciar “nem um
milímetro” em sua posição: “Ninguém me afastará do caminho de construir a
revolução bolivariana que nos deixou o comandante Chávez e de construir o
socialismo como futuro de paz e amor”.
Também frisou sua acusação
contra o dirigente opositor Leopoldo López de ter instigado o surgimento da
violência e de fugir covardemente. “Entrega-se covarde”, repetiu, ao se referir
à ordem de prisão contra López por acusações de terrorismo e associação para o
delito.
Continua em espanhol:
En la jornada, simpatizantes del gobierno marcharon en Caracas en
repudio a los grupos “fascistas”, a quienes acusan de intentar una
conspiración. La manifestación de varios miles de personas y que estuvo
acompañada por actividades deportivas y musicales avanzó hacia la céntrica
avenida Bolívar, donde recibió el apoyo de dirigentes del oficialismo y
miembros del gabinete de Maduro.
La manifestación oficialista salió de la Plaza Venezuela, en el este de
la ciudad, donde se vieron carteles de apoyo al gobierno y de repudio a
dirigentes de la oposición, entre ellos a López. A la vez, el ministro de
Educación Universitaria, Ricardo Menéndez, acompañó la marcha y aseguró que el
antichavismo intenta una escalada de violencia y que en ese esfuerzo manipula
la nobleza que puede haber en el movimiento estudiantil de sectores disidentes.
“Están utilizando el foquismo como expresión de quienes no tienen fuerza para
hacer grandes manifestaciones. Buscan detenidos”, alegó.
Por su lado, estudiantes universitarios se congregaron en la plaza
Alfredo Sadel, en el este de la ciudad, para insistir en pedir la liberación de
sus compañeros detenidos tras los incidentes del miércoles (quarta-feira) en la
Fiscalía General (Procuradoria Geral), que dejó tres muertos y 66 heridos. El
portavoz de los universitarios, Juan Requesens, señaló que el movimiento
estudiantil no descansa y que seguirá en la calle luchando por su futuro. Los
estudiantes realizaron la concentración en homenaje a las víctimas de la
protesta del miércoles.
Maduro acusó a los responsables de la marcha por los hechos, tras el
ataque a la sede de la Fiscalía General, afirmando que la oposición puso en
marcha un golpe de Estado. La alianza opositora Mesa de Unidad Democrática
(MUD) se deslindó de los hechos y exhortó a Maduro a dejar de denunciar un
golpe de Estado sin mostrar pruebas. La coalición opositora dijo además que el
gobierno debe desarmar a los grupos radicales afines al gobierno, llamados
colectivos, que actuaron después de la marcha, en medio de un cordón policial
alrededor de la Fiscalía.
Tradução: Jadson Oliveira
|
Comentários