O povo mobilizado e organizado, sempre nas ruas, tem sido uma arma fundamental para enfrentar a violência e as mentiras da direita golpista (Foto: AVN) |
Não pode haver hesitação quando está em jogo
a democracia; Brasil tem o dever de defender a legalidade e a soberania
popular do governo venezuelano de Nicolás Maduro
Por Breno Altman, no portal Opera Mundi, de 21/02/2014
O jornalista Clóvis Rossi, um dos mais respeitados do país, escreveu ontem, na Folha de S.Paulo, artigo intitulado “Hora de dizer a verdade a Maduro”,
criticando a posição atual do governo brasileiro acerca da crise
venezuelana. Seu texto considera, a partir dos números das últimas
eleições presidenciais, que o vizinho ao norte está “rachado ao meio”. E
conclui: apoiar o presidente Nicolás Maduro seria “dar às costas à
metade da população venezuelana, erro que nenhum país sério pode
cometer.”
Traz vício de origem o apelo à neutralidade e a eventual papel moderador que poderia desempenhar a diplomacia brasileira. Rossi, com a elegância de sempre, mas desconhecimento sobre o assunto, parece estar abordando situação normal de conflito. Como se fosse, por exemplo, uma competição eleitoral ou um rally pacífico de setores oposicionistas.
O venerando repórter atropela o próprio registro que encabeça sua coluna, ao lembrar do golpe de Estado que derrubou Hugo Chávez em 2002, para vender versão edulcorada e neutra dos acontecimentos em curso, insinuando que se trata de um choque legítimo entre blocos políticos.
Nem mesmo o governador de Miranda e ex-candidato presidencial da direita, Henrique Capriles, acredita nessa lorota. Faz questão de manter distância regulamentar da aventura extremista apelidada de la salida pelos white blocs do golpismo venezuelano. Ali está em curso, novamente, operação violenta e articulada para apear do poder um presidente constitucional.
Para ler mais:
Traz vício de origem o apelo à neutralidade e a eventual papel moderador que poderia desempenhar a diplomacia brasileira. Rossi, com a elegância de sempre, mas desconhecimento sobre o assunto, parece estar abordando situação normal de conflito. Como se fosse, por exemplo, uma competição eleitoral ou um rally pacífico de setores oposicionistas.
O venerando repórter atropela o próprio registro que encabeça sua coluna, ao lembrar do golpe de Estado que derrubou Hugo Chávez em 2002, para vender versão edulcorada e neutra dos acontecimentos em curso, insinuando que se trata de um choque legítimo entre blocos políticos.
Nem mesmo o governador de Miranda e ex-candidato presidencial da direita, Henrique Capriles, acredita nessa lorota. Faz questão de manter distância regulamentar da aventura extremista apelidada de la salida pelos white blocs do golpismo venezuelano. Ali está em curso, novamente, operação violenta e articulada para apear do poder um presidente constitucional.
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