O HOMEM DO MENSALÃO TUCANO: deputado Eduardo Azeredo: o caso é de sua campanha a governador de Minas em 1998 (Foto: Internet) |
Ao contrário do que ocorre na AP 470, é fácil apontar desvio de dinheiro público no mensalão PSDB-MG
Por Paulo Moreira Leite, autor do livro "A outra história do Mensalão", no seu blog da Istoé Independente
Se você é daqueles que acredita
que o mensalão PSDB-MG é igual ao esquema financeiro da AP 470 pode
despedir-se de mais uma ilusão.
A leitura das
alegações finais de Rodrigo Janot, procurador geral da República sobre o
mensalão PSDB-MG mostra uma verdade difícil de negar. Tudo aquilo que
se disse – e não se provou – sobre o esquema de Valério-Delúbio pode ser
dito e provado no mensalão PSDB-MG.
A polêmica
principal sobre o mensalão dos petistas diz respeito ao desvio de
recursos públicos. O procurador geral Antônio Carlos Fernando, seu
sucessor Roberto Gurgel e o relator Joaquim Barbosa sustentam, desde o
início, que o esquema Valubio baseou-se no desvio de R$ 73,8 milhões de
recursos públicos. Dizia-se, no começo, que esse dinheiro fora desviado
do Banco do Brasil. Uma apuração mais acurada mostrou que o dinheiro
pertencia ao Fundo de Incentivo Visanet, destinado a divulgar o cartão
Visa, que é uma empresa privada. Hoje não há a mais leve dúvida a
respeito.
Embora uma única testemunha
tivesse dito que – qualquer que fosse sua natureza -- os recursos
destinados a DNA eram desviados para campanhas petistas, a contabilidade
mostra que o desvio – se houve – está longe de ter sido demonstrado.
As contas batem, conforme várias auditorias.
E tanto é assim que nesta semana, teremos uma novidade neste item. Enquanto os réus da AP 470 já estão cumprindo penas longas, em regime fechado, seus advogados começam a distribuir uma notificação judicial aos veículos que receberam as verbas da DNA. Estamos falando da TV Globo, Editora Abril, Estadão, Folha, Editora Três.
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