(Foto: Internet) |
Matéria traduzida do portal Nodal – Notícias da América Latina e Caribe, de 30/01/2014
Diante da arremetida por parte de organismos estatais contra as liberdades políticas e os direitos humanos e a vida de militantes, líderes e ativistas da Marcha Patriótica, da União Patriótica e do Partido Comunista, dirigentes destas organizações denunciaram a incapacidade e a falta de vontade do governo para cumprir seus mínimos compromissos de propiciar a intervenção política das forças alternativas.
Jaime Caycedo Turriago, secretário geral do Partido Comunista e candidato à Câmara dos Representantes pela União Patriótica, assinalou que estão fartos do duplo discurso praticado pelo governo de Juan Manuel Santos e da montagem dos organismos de segurança do Estado contra ditos movimentos.
“Por um lado, o chefe de Estado em suas reuniões com nossos representantes, repete que seu governo oferece garantias para o exercício democrático da oposição e a participação na campanha eleitoral. Mas por outro lado, representantes do governo alimentam montagens para justificar detenções, assassinatos, ameaças e desaparecimentos ou colocando-nos na linha de fogo do paramilitarismo e da direita belicista”, afirmou Caycedo Turriago.
O candidato à Câmara dos Representantes por Bogotá e ex-vereador desta cidade manifestou que “o faz-de-conta oficial leva o país a sofrer perigosamente dolorosas experiências de guerra suja já vividas”: 30 assassinatos nas últimas semanas, numerosas detenções arbitrárias, desaparecimentos e um ambiente totalmente estranho que pretende nos tirar da cena nacional. Entretanto, o governo de Santos permanece com os braços cruzados, porém praticando uma retórica pretensamente garantidora que na realidade não existe”.
“Ontem, por exemplo, foi assassinado no Norte de Santander o companheiro Duvis Galvis, de 33 anos, tendo havido uma invasão ilegal da Polícia Nacional à sede do Partido Comunista e da União Patriótica, quando foi detido e torturado o porteiro do edifício. Essas são suas garantias, senhor presidente?”, reclamou o candidato à Câmara.
Caycedo reafirmou a vocação civilista tanto da Marcha Patriótica como da União Patriótica, recordando que suportaram a perseguição implacável do Estado, inclusive o quase desaparecimento total da UP em condições de absoluta falta de defesa, e reclamou que, duma vez por todas, o governo Santos materialize as garantias de reparação política determinadas pelo Conselho de Estado, o restabelecimento do bom nome e o compromisso público do presidente para tornar possível que um movimento sobrevivente dum genocídio monstruoso tenha acesso às condições mínimas para exercer seu direito à participação política.
“A não ser assim, haveria que reconsiderar a participação eleitoral. Não estamos aqui para avalizar incondicionalmente um regime que exclui deliberadamente os movimentos sociais e a oposição democrática, a fim de assegurar a reeleição e impedir as mudanças democráticas que são parte integrante do anseio de paz do povo colombiano”, protestou.
Tradução: Jadson Oliveira
Comentários