Modelo Sukhoi Su-30MKI (russo) usado pelas Forças Armadas da Índia (Foto: Wikimedia Commons/Opera Mundi) |
Decisão
de comprar caças suecos, em detrimento aos franceses e norte-americanos, foi
apenas a opção menos ruim; os Sukhoi russos deveriam ter sido considerados.
Com
a aquisição dos Gripen-NG se desperdiçou uma grande oportunidade de se mover em
direção à autodeterminação militar, um pré-requisito para a independência
econômica e política. Não só o Brasil tomou uma péssima decisão que prejudica
sua soberania; a Unasul também perdeu porque, com ela, também se obstaculiza a
clara percepção de quem é o verdadeiro inimigo ameaçando-nos com sua máquina de
guerra infernal.
Por Atilio A. Boron, sociólogo e cientista político argentino – reproduzido do portal Opera Mundi, de 01/01/2014
Uma das derivações mais inesperadas da crise nas relações entre Brasil e Estados Unidos, que deu origem ao duro discurso da presidente Dilma Rousseff na Assembleia Geral da ONU e o cancelamento da "visita de Estado" a Washington – prevista para outubro de 2013 – teve um impacto direto sobre um tema que rondava nos despachos oficiais em Brasília desde 2005 e que até poucos dias atrás permaneciam sem solução: a controversa renovação da frota de 36 caças para o Brasil que precisa controlar o seu espaço aéreo e,especialmente, a da vasta bacia amazônica e sub- amazônica.
De acordo com os especialistas brasileiros, a frota disponível atualmente no Brasil é obsoleta ou, na melhor das hipóteses, insuficiente, e a necessidade de renovação urgente não pode ser adiada. No entanto, depois de anos de estudos, relatórios e testes entre os atores envolvidos na decisão não chegam a um acordo. As propostas consideradas pelo concurso lançado em 2001 pelo governo brasileiro foram três: o Boeing F/A-18 E / F Super Hornet (originalmente fabricado pela empresa norte-americana McDonnell Douglas, posteriormente adquirida pela Boeing), o Dassault Rafale, da França, e a sueca SAAB Gripen -NG.
Uma alternativa, descartada ab initio por razões nunca esclarecidas, mas, sem dúvida, por razões políticas, foi o Sukhoi Su-35 de fabricação russa.
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