Jornalista Eleazar Díaz Rangel (Foto: Aporrea) |
Por Agência Venezuelana de Notícias (AVN – estatal), no portal Aporrea.org, de 15/12/2013, com o
título: “Díaz Rangel: Falsa convicção da oposição levou a dar caráter
plebiscitário às eleições de 8 de dezembro”
De
Caracas - Para o jornalista Eleazar Díaz Rangel, se as eleições
municipais que se realizaram em 8 de dezembro foram um plebiscito, o grande
perdedor foi o opositor Henrique Capriles Radonski como chefe da campanha
nacional dos partidários da direita.
Em sua coluna intitulada “La barrida rojita” (podemos traduzir por “Uma goleada vermelha”), publicada no domingo (dia 15) no jornal Últimas Notícias, Díaz Rangel lembra que, como em outras eleições, a oposição andava eufórica, confiante em que ganharia o pleito e estava convencida de que iria mais longe, "que daria uma goleada. Esta convicção os levou a dar um caráter plebiscitário às votações de 8-D".
No pleito municipal a opção revolucionária atingiu 76% das prefeituras do país, quer dizer, esta força política obteve 255 municipalidades.
Em todo caso, "o plebiscito foi ganho amplamente por Nicolás Maduro; se ele devia renunciar se perdesse, que deve fazer HCR que perdeu tão esmagadoramente, incluído o seu estado Miranda (onde é governador) com 51,1% a 47,9% e sem que a nenhum oposicionista ocorresse falar de fraude? Em outras circunstâncias ou países estariam renunciando, como ocorre com os que sofrem derrotas tão expressivas", sustenta.
O diretor do jornal Últimas Notícias fez referência à distribuição de tarefas na cúpula oposicionista: "A vários destinaram a tarefa de denunciar fraude logo que fosse dado o sinal, outros fomentariam distúrbios, e a Antonio Ledezma (prefeito reeleito da Prefeitura Metropolitana de Caracas) lhe deram como tarefa encerrar a campanha de promoção da consulta plebiscitária, tratando de fazer crer que as eleições não eram para escolher 335 prefeitos, e sim que se tratava de outra confrontação".
Díaz Rangel deixou para a reflexão a importância de que forças revolucionárias discutam sobre as relações com seus aliados.
Em sua coluna intitulada “La barrida rojita” (podemos traduzir por “Uma goleada vermelha”), publicada no domingo (dia 15) no jornal Últimas Notícias, Díaz Rangel lembra que, como em outras eleições, a oposição andava eufórica, confiante em que ganharia o pleito e estava convencida de que iria mais longe, "que daria uma goleada. Esta convicção os levou a dar um caráter plebiscitário às votações de 8-D".
No pleito municipal a opção revolucionária atingiu 76% das prefeituras do país, quer dizer, esta força política obteve 255 municipalidades.
Em todo caso, "o plebiscito foi ganho amplamente por Nicolás Maduro; se ele devia renunciar se perdesse, que deve fazer HCR que perdeu tão esmagadoramente, incluído o seu estado Miranda (onde é governador) com 51,1% a 47,9% e sem que a nenhum oposicionista ocorresse falar de fraude? Em outras circunstâncias ou países estariam renunciando, como ocorre com os que sofrem derrotas tão expressivas", sustenta.
O diretor do jornal Últimas Notícias fez referência à distribuição de tarefas na cúpula oposicionista: "A vários destinaram a tarefa de denunciar fraude logo que fosse dado o sinal, outros fomentariam distúrbios, e a Antonio Ledezma (prefeito reeleito da Prefeitura Metropolitana de Caracas) lhe deram como tarefa encerrar a campanha de promoção da consulta plebiscitária, tratando de fazer crer que as eleições não eram para escolher 335 prefeitos, e sim que se tratava de outra confrontação".
Díaz Rangel deixou para a reflexão a importância de que forças revolucionárias discutam sobre as relações com seus aliados.
Observação
do Evidentemente: Esta nota tem uma particularidade
interessante. É que Eleazar Díaz Rangel, como está dito no texto, é diretor do Últimas Notícias. Trata-se do jornal
diário privado de maior circulação no país, em torno de 300 mil exemplares.
Pertence a um dos maiores grupos de comunicação, o Grupo Capriles, de
propriedade de familiares do mesmo Henrique Capriles Radonski, líder da
direita, governador de Miranda e derrotado nas duas últimas eleições presidenciais
(uma para Chávez e outra para Maduro).
Apesar do parentesco, o Últimas Notícias é bem mais equilibrado no seu noticiário do que a
maioria dos jornais venezuelanos, radicalmente anti-chavistas. Acho que
poderíamos avaliar – levando em conta minhas duas temporadas em Caracas em 2008
e 2012, não sei se houve mudança no particular após a morte de Chávez – que o
jornal pende mais para o anti-chavismo, mas com moderação (sem o radicalismo de
El Nacional ou El Universal, por exemplo).
Bem, em meio à radicalização da política venezuelana, Eleazar
Díaz Rangel consegue se manter de maneira independente, como se pode sentir no
conteúdo dos seus comentários acima. É jornalista e professor de Comunicação de
trajetória militante e democrática, com boa reputação inclusive entre chavistas
notórios, conforme pude testemunhar ao participar dum seminário da categoria em
Caracas.
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