EVO: "A MELHOR HOMENAGEM DE OBAMA A MANDELA SERIA NÃO INVADIR OS PAÍSES DO MUNDO"

Comentando o "emotivo" discurso de Obama durante o funeral de Nelson Mandela, o líder boliviano disse que os Estados Unidos deixou de considerá-lo terrorista apenas em 2008

Do Librered - reproduzido do site do jornal Brasil de Fato, de 12/12/2013 (enviado por Geraldo Guedes, de Brumado-Bahia)

Evo Morales lamentou, em coletiva à imprensa no Palácio do Governo, que “por falta de coordenação e informação” não pode comparecer ao ato em honra a Mandela, na terça-feira (10), em Joannesburgo, pois, inicialmente, a informação que havia recebido era de que seria no próximo domingo, dia 15.

Morales lembrou que Mandela deixou de ser “oficialmente um terrorista” para Washington em 2008, quando o então presidente George W. Bush apagou seu nome da lista de criminosos políticos.
“Perdemos um patrimônio da humanidade e (…) a melhor homenagem de Obama seria não invadir os países do mundo”, ressaltou.

Segundo o presidente boliviano, Nelson Mandela era “conhecido como um homem de paz, mas com posições claramente anti-imperialistas”. “Escutando Obama (que discursou no funeral do ex-presidente sul-africano), quem realmente deveria render-lhe homenagem são personagens que lutam pela paz com políticas sociais, que lutam contra a discriminação, o racismo e a segregação”, disse Morales.

Também atribuiu a Mandela frases referentes à invasão estadunidense do Iraque, como: “se nos detemos nesses assuntos chegaremos à conclusão de que a atitude dos Estados Unidos é uma ameaça para a paz mundial”, ou “tudo o que (Washington) quer é o petróleo iraniano”.

Estas frases “demonstram que Mandela era um irmão anti-imperialista”, insistiu Morales. Para o governante boliviano, “enquanto existam políticas de invasão, armamentistas ou de bases militares, nunca haverá paz nem justiça social”.

*Tradução: Alexandre Haubrich / Jornalismo B
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr 

Chomski: EUA semeia impunemente o terror

Em notinha de capa, chamada "Pirulo de tapa", como costuma publicar diariamente o excelente jornal argentino Página/12, seus editores lembram que o linguista e analista político estadunidense Noam Chomski, "outro ícone do século 20" (fez referência antes a Nelson Mandela), completou 85 anos no dia 7/dezembro. Lembram também que o Financial Times o declarou “o ativista político mais destacado do mundo”. 

Para acrescentar: "Chomsky assegura que seu país é um 'Estado canalha que, graças ao seu poder, semeia impunemente o terror em amplas partes do mundo com seus aviões não tripulados' e que os Estados Unidos está dominado por um partido único, o 'Business Party' (Partido dos Negócios)”.

 

Direita pinochetista no tempo do carrancismo

“Em nosso futuro governo não se fará nada que entre em choque com o que está assinalado na Bíblia: o casamento é entre um homem e uma mulher e a vida se cuida desde o momento da concepção até a morte natural. Não ao aborto, não à eutanásia” – Evelyn Matthei, candidata chilena, herdeira da direita pinochetista, que enfrentará a centro-esquerdista Michelle Bachelet no domingo, dia 15, no segundo turno da eleição presidencial do Chile. (A declaração foi destacada pelo portal Nodal - Notícias da América Latina e Caribe, edição digital de 27//11/2013).

Felizmente - diz este repórter/blogueiro -, a se confiar nas pesquisas, não haverá esse "nosso futuro governo" da senhora Matthei.



Comentários