Matthei com os jovens: a candidata busca uma virada com mudanças de última hora na sua campanha. (Foto: EFE/Página/12) |
Troca de assessores e de discurso
nas vésperas do segundo turno neste domingo, dia 15: Evelyn Matthei se arma com
assessores mais jovens da ala liberal da coalizão governista, com um ataque
frontal a Michelle Bachelet – acusando-a inclusive de “falta de liderança” – e
com uma aproximação ao mundo religioso.
Por Christian Palma, de Santiago, no jornal argentino Página/12, edição de hoje, dia 14
“Ganhar
de Michelle Bachelet seria um verdadeiro milagre”. Com esta frase, a candidata
da direita Evelyn Matthei resumiu o sentimento dos seus partidários diante da gigantesca
tarefa que tem pela frente neste domingo, quando tenta ganhar a disputa
presidencial da médica socialista (integrante do Partido Socialista) que concorre
com uma ampla vantagem, segundo todas as pesquisas. A ex-ministra do Trabalho
de Sebastián Piñera, que não passou dos 25% dos votos no primeiro turno, teve
que modificar por completo sua estratégia de campanha, o que incluiu uma renovação
de seus assessores – todos da ala liberal da direita chilena e na faixa dos 40
anos –, um ataque frontal a Bachelet – acusando-a inclusive de “falta de liderança”–
e uma aproximação ao mundo religioso, entre outras ações visando capturar apoios.
E se nos
reportamos às sondagens de intenção de votos, parece realmente que só uma
intervenção divina poderia tirar de Bachelet a cadeira presidencial. Neste cenário,
Lily Pérez, senadora de Renovação Nacional (um dos partidos de direita) e representante
do comando de Evelyn Matthei, declarou ontem que “os milagres existem e numa
hora dessas damos uma guinada completa na eleição... Os que somos crentes acreditamos
nos milagres”, assegurou numa entrevista radiofônica.
Acrescentou
que “nossa convicção é que fizemos uma grande campanha... os resultados vão
depender das pessoas e de quem se disponha a votar, mais além do que para qual
candidata se vote, o importante é que as pessoas participem e que o Chile demonstre
que se importa com quem o governe”.
BACHELET PROMETE UMA REFORMA PARA QUE NÃO POSSAM PRESCREVER OS DELITOS DE LESA HUMANIDADE: deixo aqui um link para matéria do Página/12, em espanhol: "O que ainda falta na política de direitos humanos" (Foto: EFE/Página/12) |
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