Em mensagem dirigida à militância, ele conclama todos à
unidade partidária, com o objetivo prioritário de reeleger a presidenta
Dilma Rousseff.
Por Najla Passos, no portal Carta Maior, de 12/11/2013
Brasília - O deputado Rui Falcão (SP)
foi reeleito presidente nacional do PT com cerca de 70% dos votos dos
quase meio milhão de filiados que foram as urnas participar do Processo
de Eleições Diretas (PED), no último domingo. O partido possui 1,7
milhões de filiados, mas somente 806 mil estavam aptos a votar no
pleito. Os números finais da eleição ainda estão sendo consolidados.
Segundo a assessoria de imprensa, os diretórios regionais tinham até a
meia-noite desta terça para enviar os resultados ao diretório nacional.
Candidato
do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidenta Dilma
Rousseff, Falcão representa o grupo político majoritário no PT, formado
pelas correntes Construindo um Novo Brasil, Novo Rumo e PT de Luta de
Massas, reunidas na chapa Partido que Muda o Brasil. Quando a apuração
estava quase concluída, Falcão gravou uma mensagem dirigida à
militância, agradecendo a confiança, mas, principalmente, conclamando à
unidade partidária, com o objetivo prioritário de enfrentar as eleições
2014. .
“O momento agora é de “unidade partidária, de aplicar as
resoluções do nosso 4º Congresso, nos dirigir de forma mais enfática
para a juventude e para os movimento sociais. Para isso, conclamo que
todos companheiros e companheiras nos apoiem para criar uma direção
coletiva, forte, voltada para as tarefas que temos pela frente e,
principalmente, para que estejamos juntos nas eleições de 2014, para
reeleger a presidenta Dilma, para dar continuidade ao nosso projeto
nacional iniciado pelo presidente Lula no Brasil, e para que a gente
possa reeleger governador, ampliar a nossa bancada de senadores,
deputados estaduais e federais. Que a força do PT, mais uma vez, se
afirme para além do PED e das campanhas eleitorais”, afirmou.
Dentre
as pautas prioritárias da legenda, ele citou a urgência da reforma
política, a necessidade de se apressar a reforma agrária e de discutir
uma reforma tributária progressiva, além da democratização da mídia. No
plano interno, elencou como principais desafios a melhoria da
comunicação do PT e a ampliação dos instrumentos de formação da legenda.
Paulo Teixeira: qualificar alianças
Segundo
colocado no pleito, o deputado Paulo Teixeira (SP), da Mensagem ao
Partido, se disse satisfeito com o resultado, já que o grupo que
representa conseguiu um percentual de votos maior do que na eleição
passada, além de ter conquistado o apoio de intelectuais e militantes
históricos como Marilena Chauí, Maria da Conceição Tavares, Tarso Genro e
Olívio Dutra, entre outros, além de 27 deputados.
Segundo
ele, se a corrente Movimento PT tivesse saído com candidato próprio ao
PED como fez na eleição passada com o lançamento da candidatura da hoje
ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, o pleito teria ido para
segundo turno.
“Nós nos colocamos como segunda força política no
PT para dar continuidade a agenda de mudanças dentro do partido. Vamos
continuar conversando com as outras forças para construir um bom
programa partidário, como fizemos no último congresso, que enfrente
temas como a reforma política, a democratização da mídia e a reforma
tributária. Também iremos trabalhar por uma melhor qualificação das
nossas alianças e pela reaproximação com a juventude e os movimentos
sociais”, disse ele à Carta Maior.
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