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Delcy Rodríguez, ministra de Comunicação e Informação (Foto: Prensa Latina) |
Caracas,
7 novembro (Agência Prensa Latina) - O Executivo nacional venezuelano mantém sua
denúncia sobre um plano multidimensional, articulado pela oposição
interna e elementos internacionais, para tentar desestabilizar este país
sul-americano econômica e politicamente.
Depois das novas acusações feitas nesta quarta-feira pelo presidente
Nicolás Maduro e do pacote de medidas anunciado para enfrentar a "guerra
econômica da direita", a ministra de Comunicação e Informação, Delcy
Rodríguez, enfatizou o fator midiático e psicológico da suposta
contenda.
Em um programa da televisão pública que se estendeu
até a madrugada desta quinta-feira, a servidora pública citou como
evidência de projetos conspirativos contra a Venezuela um documento -
chamado Plano Estratégico Venezuelano e atribuído a organizações da
Colômbia e dos Estados Unidos - revelado pela advogada e jornalista Eva
Golinger.
Como o presidente Maduro tinha feito horas antes, a
titular se referiu aos vínculos entre atores políticos externos - em
particular, o ex-presidente (colombiano) Álvaro Uribe - e a direita venezuelana.
Também com base no mesmo relatório, Rodríguez chamou a atenção sobre a
suposta participação de importantes meios de comunicação internacionais
em estratégias para distorcer a imagem da Venezuela.
Lembrou
também as revelações - feitas pelo ex-técnico da NSA (Agência de
Segurança Nacional) Edward Snowden - sobre espionagem dos Estados Unidos
contra a Venezuela e sugeriu que estas ações poderiam estar vinculadas a
planos contra o país.
O Governo venezuelano argumenta que há
meses o país esteve submetido a uma guerra econômica (sabotagem,
especulação, "ataque à moeda" através do mercado paralelo de divisas) e
psicológica, assim como a sabotagens contra o sistema elétrico nacional.
No plano econômico, Maduro anunciou ontem um conjunto de medidas
concretas que abarcam desde produção, distribuição e comércio interno
até a atividade exportadora e o sistema de administração de divisas.
Além disso, fez uma chamado à população que contribua com uma operação fiscalizadora na rua.
Segundo o vice-presidente venezuelano para a Área Econômica, Rafael
Ramírez, o "dólar paralelo" é fictício, não tem fundamento algum e "o
estabelecem páginas de internet no exterior".
Ele
afirmou através de sua conta Twitter que os especuladores adquirem as
divisas no câmbio oficial (6,3 bolívares por unidade), mas depois fixam
os preços segundo a cotação ilegal (várias vezes acima da taxa
anterior).
"A burguesía é parasitária porque não produz nada e leva os dólares da renda petroleira. Basta!", escreveu Ramírez.
De acordo com o também ministro de Petróleo e Mineração, "o setor
privado não produz divisas ao país, no entanto consome mais de (33 mil)
milhões de dólares ao ano".
Como consequência, reiterou mediante
a rede de microblogging (twitter) que o registro de empresas
beneficiadas pela Comissão de Administração de Divisas será depurada e
que se trabalhará com "os setores honestos" do país.
A tudo isso
Ramírez agregou que "os grandes meios impressos todos os dias causam
angústia e desinformam o país. Pura guerra psicológica". |
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