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COSTA-GAVRAS: "A MORAL DO CAPITAL É DEIXAR OS RICOS MAIS RICOS E OS POBRES MAIS POBRES"
Em O Capital (2012), adaptação de novela francesa, Costa-Gavras acerta mais uma vez. E
reafirma seu mote: "Todo filme é político. Nada mais político do que os
filmes de super heróis".
PorLéa Maria Aarão Reis, no portal Carta Maior, de 02/11/2013, com o título "Em O Capital (2012), adaptação de novela francesa, Costa-Gavras acerta mais uma vez" (o título acima é deste blog)
Não foi difícil para o escritor francês Stéphane Osmont, economista
egresso dos altos quadros da banca europeia, fazer o papel de oráculo
quando escreveu a novela Le Capital, em 2004. Assim como o
economista americano, Nouriel Rubini, um ano depois, o autor de
festejados trabalhos de ficção (?) na área financeira (O manifesto e A ideologia)
previu a crise que se abateria pelo mundo, em 2008, com origem na
especulação desenfreada, nos Estados Unidos. Ele foi consultor
financeiro e conheceu bastante bem os bastidores das altas apostas com
as fortunas sem fronteiras.
Lançado no ano passado, O capital, adaptado para o cinema pelo cineasta Costa-Gavras (do célebre Z, de Estado de sítio, A confissão, Desaparecido e Music Box, muito mais que um crime,
entre outros; e agora em cartaz no Brasil há várias semanas) mostra o
protagonista, o banqueiro Marc Tourneil interpretado pelo ator
franco-marroquino, excelente, Gad Elmaleh, virando-se para a plateia e
exclamando, cinicamente, durante uma reunião com ávidos acionistas: "Continuaremos tirando dos pobres para dar aos ricos neste jogo, meus
senhores. Até que tudo isto exploda!”
A história pessoal da
ascensão financeira de Tourneil no banco Fênix – é sempre bom lembrar:
aquele que ressurge das cinzas -, e estruturada nos mais perversos jogos
de poder, é o fio condutor para um passeio macabro pelos labirintos
sujos do mundo do dinheiro, do poder, do sexo. Remete a Marx ao avesso –
no título do livro e do filme - e ao “horror”, a que se referia, no seu
livro seminal, Viviane Forrester, em 97 – O horror econômico.
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