Fernando Haddad, prefeito petista de SP (Foto: DCM) |
Elogiei, outro dia, a lógica do aumento do IPTU em São Paulo.
Num país em que rico não paga imposto, e ainda reclama da carga tributária e dos maus serviços que recebe em troca da sonegação, é altamente elogiável uma medida que cobra mais de quem tem mais dinheiro e poupa quem tem menos.
Classifiquei como “inatacável” a lógica do aumento do IPTU.
O que não me ocorrera é como a classe média é capaz de atacar o inatacável, dentro de sua miopia egoísta e obtusa. Também não me passara pela cabeça como a justiça é politizada, e como ela poderia atrapalhar uma medida tão positiva.
Vou definir, calmamente, o que é classe média, em minha acepção, para que não pairem dúvidas.
É um estado mental, e não econômico ou financeiro. Não importa o saldo bancário, não importa a renda mensal. O ‘típico classe média’ pode ser o milionário Rei do Camarote ou o frentista do posto da esquina, passando pelo executivo que vê a Globonews, lê Olavo de Carvalho e acha o Jabor um farol capaz de iluminar o Brasil. Pode ser católico, evangélico, mormon, espírita ou ateu.
Vamos abreviar. Chamemo-lo de TCM, de típico classe média.
O TCM não gosta de pobre, é homofóbico e acha que todo esquerdista é petralha ou comunista. Lê a Veja, onde aprende que Cuba é um inferno e os Estados Unidos o paraíso, ouve a CBN e acha Pondé essencial.
Para ler mais:
Comentários