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COLÔMBIA: O ADEUS ÀS ARMAS PARECE PRÓXIMO
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(Foto: Internet) |
Governo e Farc fecham acordo sobre participação política da guerrilha: assinatura de acordo implicará o abandono das armas como
método de luta para transitar em um cenário de democracia com ampla
participação.
Por Leandra Felipe, Agência Brasil, no portal Carta Maior, de 06/11/2013
Bogotá – Os negociadores do governo colombiano e das Forças
Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em Havana anunciaram nesta
quarta-feira (6) o fechamento de um acordo parcial sobre a participação
política de membros da guerrilha, após a conclusão de um processo pelo
fim do conflito. “Chegamos a um acordo fundamental sobre o segundo ponto
da agenda [participação política], e o que alcançamos aprofunda e
robustece nossa democracia”, disse o diplomata cubano Rodolfo Benítez.
O
comunicado lido por Benítez assinala que os negociadores fecharam
acordo em torno de três pontos: direitos e garantias para o exercício da
oposição política em geral e para movimentos que surjam após firmado o
documento final pelo fim do conflito e acesso a meios de comunicação;
criação de mecanismos democráticos de participação cidadã, incluindo
participação direta, em diferentes níveis e diversos temas; e adoção de
medidas efetivas para promover a participação política nacional,
regional e local de todos os setores sociais, incluindo as populações
mais vulneráveis, em igualdade de condições e garantias de segurança.
Segundo
o documento, a Colômbia deverá buscar pluralidade política
representativa e abrir novos espaços para a participação cidadã no país.
“A assinatura desse acordo implicará o abandono das armas como método
de luta para transitar em um cenário de democracia com ampla
participação”, diz o texto, que não explica, porém, como as Farc
poderiam se tornar um partido político. “As condições particulares para
que um novo movimento surja a partir do momento em que as Farc se tornem
um movimento legal, serão discutidas no terceiro ponto da agenda",
destaca o comunicado.
Embora o assunto tenha sido deixado para o
próximo ciclo, o Executivo colombiano já sinalizou a possibilidade de as
Farc tornarem-se um partido seria viável. O presidente Juan Manuel
Santos já disse, em diversas ocasiões, que as Farc deveriam “trocar
armas por votos”.
A guerrilha poderá ter também circunscrições
(cotas especiais) por um período transitório, o que garantiria a membros
das Farc vagas em câmeras de representação legislativa no país.
Com
o término desta rodada, os negociadores passarão a discutir nos
próximos dias soluções para o problema das drogas ilícitas, o terceiro
ponto da agenda. Depois disso, ainda terão de ser analisados três temas:
reparação das vítimas do conflito; desarmamento e desmobilização dos
ex-guerrilheiros e mecanismos para garantir o cumprimento dos acordos no
pós-conflito.
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