Marina Silva e Eduardo Campos no ato de filiação da ex-senadora ao PSB (Foto: Estadão Conteúdo)
De sustentabilidade em sustentabilidade, Marina Silva se
filia a seu terceiro partido. Após as eleições de 2014, ela fará nova
troca, ingressando em sua Rede. Será uma média de quase um novo partido a
cada um ano e meio. A coligação pragmática coloca a ex-senadora em
posição de coadjuvante. O risco maior é para a candidatura Aécio Neves,
que pode ser esvaziada. Para Dilma, o erro maior não é a dobradinha do
PSB, mas a falta de um programa ousado, que enfatize mais a mudança que a
continuidade.
Ao discursar hoje, sábado, no ato de anúncio de sua aliança com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, Marina Silva declarou, conforme o noticiário de vários sítios da Internet, que seu projeto, agora, é acabar com a hegemonia e o "chavismo" do PT no governo.
A ex-senadora do Acre, inicialmente petista, parece redondamente desinformada:
Em primeiro lugar, porque o PT está a cem léguas da prática política que possa ser confundida com o chavismo;
Em segundo lugar, talvez ela não tenha a mais pálida ideia do que significa o chavismo para o povo pobre da Venezuela (dando a ela o benefício da dúvida);
Em terceiro lugar, se tem, é muito pior, pois teríamos de chegar à conclusão que ela renega suas origens.
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Grande abraço.