João Vicente Goulart, filho do ex-presidente Jango, sugere que a comissão investigue casos atuais de tortura praticados por agentes da Polícia Militar (PM) |
Instalada em 2012, a Comissão Nacional da Verdade investiga todas as violações de direitos humanos ocorridas entre 1946 e 1988. Para João Vicente Goulart, filho do ex-presidente Jango, a duração de dois anos é insuficiente. “Esse período de dois anos é muito curto pelo volume de fatos a serem apurados. Acho que a Comissão da Verdade tem de ser uma comissão permanente”, defende em entrevista exclusiva ao Brasil de Fato.
Ao final dos trabalhos, a comissão vai produzir um relatório, mas não poderá punir ou recomendar que acusados sejam punidos.
João Vicente também sugere que os crimes de tortura praticados por policiais militares sejam investigados por esta comissão permanente.
“Não só crimes da ditadura e do passado, mas os crimes cometidos após 1988, como as torturas das polícias militares que são praticadas diariamente em todos os estados”, explicou.
Nessa entrevista, João Vicente também criticou a lentidão do processo de investigação da morte de seu pai, deposto pelo golpe militar de 1964, apontou as fraquezas da Comissão da Verdade e comentou o significado da visita ao maior centro de tortura da ditadura, o Doi Codi da Rua Barão de Mesquita, na Tijuca.
Para ler a entrevista:
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